Da Folha de S.Paulo
A um ano das eleições de 2018, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mantém a liderança da corrida presidencial com vantagem expressiva sobre os principais adversários, segundo uma nova pesquisa do Datafolha.
Realizado na quarta (27) e na quinta (28), o levantamento mostra que o petista conservou sua força eleitoral mesmo após ser condenado em um dos processos que enfrenta na Justiça —decisão que poderá impedi-lo de concorrer em 2018 se for confirmada em segunda instância.
As menções espontâneas a Lula como o preferido aumentaram de 15% para 18% desde junho, segundo o Datafolha. Na pesquisa estimulada, em que são exibidos cartões com os nomes dos candidatos, Lula lidera em todos os cenários em que participa, com pelo menos 35% das intenções de voto.
A taxa de rejeição ao ex-presidente caiu nos últimos três meses. Segundo o Datafolha, 46% dos eleitores disseram em junho que não votariam em Lula de jeito nenhum. Agora, 42% têm essa opinião.
O petista foi condenado em julho pelo juiz Sergio Moro a nove anos e meio de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, no caso do tríplex de Guarujá (SP). Em setembro, ele foi acusado de corrupção pelo ex-ministro Antonio Palocci, que negocia acordo de delação premiada.
O Datafolha fez 2.772 entrevistas em 194 cidades. A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Nos cenários em que está no páreo, Lula tem o dobro de intenções de voto do segundo colocado, o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ). Oscilando entre 16% e 17%, Bolsonaro aparece empatado com Marina Silva (Rede), que varia entre 13% e 14%.
Os dois nomes que aparecem na disputa pela indicação do PSDB, o governador Geraldo Alckmin e o prefeito João Doria, têm desempenho igual quando confrontados com Lula, Bolsonaro e Marina, alcançando 8% das intenções de voto. Nos cenários em que ambos concorrem, o que poderá ocorrer se um dos dois trocar de partido, Alckmin e Doria ficam empatados.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
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Doria, que nos últimos meses viajou a vários Estados num esforço para aumentar sua visibilidade fora de São Paulo e elevar suas chances, conseguiu tornar-se mais conhecido do eleitorado, mas viu sua taxa de rejeição aumentar de 20% para 25% entre junho e setembro. A de Bolsonaro também subiu no período, de 30% para 33%.
Nas simulações de segundo turno, Lula ampliou sua vantagem sobre os principais adversários, inclusive Marina, com quem aparecia tecnicamente empatado. O único que ainda empata com ele nesses cenários é o juiz Moro, que diz não ter interesse em disputar a eleição.
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ALTERNATIVA
Lula poderá ser impedido de concorrer se sua condenação for mantida pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que julgará o recurso contra a sentença de Moro. O Datafolha indica que muitos eleitores não veem alternativa a Lula e tendem a votar em branco ou anular quando ele não aparece entre as opções.
Nos cenários sem o petista, Marina assume a liderança da corrida, variando entre 17% e 23%, com pequena vantagem sobre Bolsonaro.
Apesar da força exibida por Lula, os números do Datafolha mostram que sua capacidade de transferir votos diminuiu desde a eleição de 2014, quando ele ajudou a reeleger Dilma Rousseff. Só 26% dizem que votariam com certeza em alguém apoiado por Lula. Em 2014, 37% pensavam assim.
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ESQUERDA
As duas apostas da esquerda para ocupar o lugar do ex-presidente Lula se ele ficar fora da eleição de 2018 aparecem na pesquisa do Datafolha com desempenho fraco.
O ex-governador Ciro Gomes (PDT) vai de 7% a 10% nos cenários sem Lula.
O ex-prefeito Fernando Haddad (PT), apontado como favorito entre os petistas, alcança 3% no cenário mais favorável para ele.
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As organizações partidárias apoderaram da república, de modo que não se tem alternativas com menor toxidade, a operação lava jato já repatriou para os cofres públicos dezenas de bilhões de reais, e ainda assim, encabeça nas pesquisas o chefe máximo da organização petista, etc.,, Diria com absoluta certeza que esta pesquisa não reflete a solução, em uma nação que amarga a pior crise moral contemporânea, abalando as instituições expondo fragilidades e dúvidas sobre a consolidação do estado brasileiro. Este ponto fica evidente por alguns pronunciamentos e atitudes de magistrados da suprema corte que faz juizo pessoal e político deste momento crítico que vivemos, em detrimento a aplicação do rigor da lei. A sociedade tem de entender que estamos acima dos interesses de grupos, sejam: partidários ou empresariais. O momento é provar a maturidade, ou iremos sucumbir como nação perante o mundo, eleger o Lula na atual conjuntura, não precisa ser vidente para prever a maior catástrofe moral…..
Povo idiota.