Da coluna de Carlos Brickmann
Há alguns anos, o repórter Gilberto Dimenstein perguntou que é que faríamos se a Argentina tomasse um pedaço do Brasil. Haveria protestos, conclamações à guerra, tudo o que fosse necessário para reaver o território ocupado. Perguntava: os bandidos tomaram uma parte de nosso país, na qual não permitem nem a entrada da Polícia. E completava: em que é que os traficantes, que ninguém incomoda, são melhores que os argentinos?
Simples, os traficantes fornecem para todos os espectros da sociedade, da direita a esquerda (muito mais a esta), da intelligentsia aos incultos, dos ricos (principalmente estes) aos pobres, dos atores e atrizes a plateia, da imprensa (muito para esta) aos espectadores/ouvintes/leitores Ninguém briga com o fornecedor.
Melhores aposto que não, com certeza iguais.