Rogério Distéfano
MICHEL TEMER recebeu o presidente Honório Cartes e exaltou … Portugal. Cartes é presidente do Paraguai, com quem o Brasil divide fronteira seca; Portugal, desde Cabral, só visitamos cruzando o Atlântico, fronteira molhada. Cartes, antes e durante sua presidência, é o maior produtor de cigarros do Paraguai. Dizem que até do Brasil, concorrente das fábricas aqui instaladas, inclusive com as mesmas marcas.
Ao que consta, Temer não fuma. Sabe-se que nas noites solitárias da vice-presidência acendia um charuto ocasional para acompanhar o uísque e evocar a distante Marcela cometendo poemas de revirar na cova parnasianos e modernistas. Presidente, suas noites não são solitárias: Marcela está em casa, dispensados poemas, charutos, o que lhe permite viver no tálamo o estro de poetastro.
As noites do presidente também não são solitárias porque tem companhia. Ora é a malta do gabinete ou Joesley Batista, Gilmar Mendes, até aquela máquina, a Raquel Dodge. Tudo sem agenda prévia e divulgação posterior. As conversas e visitas de Temer só nos interessam porque estão mais para publicanas que republicanas. Se não nos pendurasse a conta, nem notaríamos.
O que nos deve preocupar são os erros de nomes e lugares que o presidente comete. Senil? Não, Marcela e o poder o mantêm jovem e vigoroso. Muita coisa na cabeça para se garantir no cargo? Sim, não dá para lembrar detalhes como o nome do colega paraguaio. Numa dessas relaxou ao fumo de uma charola, perdão, charuto, presente do presidente-produtor visitante. Em Brasília, tudo é possível.
Ele foi vice de quem mesmo? então ta explicado…acho que o que mantem ele “jovem e vigoroso” é um comprimidinho azul, senão ele não dá conta mesmo.