Do deputado estadual Ademar Traiano, presidente da Assembleia Legislativa e do PSDB do Paraná, em declaração ao jornal O Globo, sobre o efeito da falta de renovação nos quadros do partido:
— O partido dificilmente irá com candidato próprio (ao governo do Estado). O projeto maior é o do governador Beto Richa para o Senado.
A íntegra da reportagem:
PSDB enfrenta crise de renovação para 2018
Em estados que governa há mais de oito anos, partido não descarta apoiar aliados por falta de nome forte
O PSDB enfrenta uma crise de renovação nos estados para a eleição de 2018. A face mais visível dela está nos “bunkers” tucanos — onde o partido está no governo há pelo menos oito anos. Sem um nome competitivo para sucessor, governadores reeleitos já consideram apoiar um candidato de outro partido.
Pode parecer uma questão com reflexo meramente local, mas não é. Palanques fortes nos estados são estratégicos para uma campanha bem-sucedida à Presidência. Além disso, o PSDB se vale do discurso da renovação como vacina para superar o desgaste sofrido com a Lava-Jato.
Mas, no Paraná e Pará, lideranças do PSDB dizem ser remotas as chances de um tucano concorrer a governador em 2018. Após dois anos consecutivos no poder, e o recado das urnas em 2016 por renovação na política, a sigla não construiu novas lideranças para defender seu legado.
— O partido dificilmente irá com candidato próprio. O projeto maior é o do governador Beto Richa para o Senado — disse o presidente do PSDB no Paraná, Ademir Traiano.
Em São Paulo, onde o partido governa há 23 anos, a situação é mais complexa. A crise de renovação se traduz num quadro pulverizado de potenciais candidatos, a maioria sem densidade eleitoral. Outros são veteranos, como o senador José Serra e o ex-senador José Aníbal.
No maior estado do país, não descartam tirar o prefeito de São Paulo, João Doria, do cargo para lançá-lo ao governo. Isso se não for o presidenciável.
Goiás é o único estado onde um governador do PSDB reeleito tem sucessão bem encaminhada. É dado como certo que o candidato de Marconi Perillo será seu vice, José Eliton, do PSDB. O governador goiano, que deverá concorrer ao Senado, é um dos cotados para ocupar a presidência nacional da sigla com a saída definitiva do senador Aécio Neves do cargo. A derrocada política de Aécio, flagrado em gravação pedindo R$ 2 milhões ao dono da JBS, Joesley Batista, está trazendo complicações para a sucessão em Minas Gerais.
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