Do blog …e tudo acabou em Sfiha, de Gerson Guelmann
Aviso desde logo que a manifestação não tem nada a ver com minha posição antagônica à administração municipal atual. É o registro de alguém que quase tem uma aposentadoria por tempo de Jaime Lerner e que aprendeu com ele a enxergar a cidade essencialmente como um espaço de vida.
Escutei há pouco, horrorizado, a história do cidadão multado por plantar bananeiras na calçada de casa. Não, ele não mora na Rua das Flores onde os transeuntes abundam, e nem quer fazer concorrência aos fabricantes das balas de Antonina.
O Curitibano em questão reside no aprazível Hugo Lange, vizinhando com os coitados do Cristo Rei ameaçados por bula prefeitural pela horta comunitária que ousaram implantar por lá.
Tempos atrás o Jaime escreveu um texto delicioso – A Batalha do Paraguassu – onde se insurgiu contra proibição de que o bar de mesmo nome tivesse mesas na calçada. Inevitável lembrar disso agora.
Por favor, deixem o cara em paz; que suas bananeiras floresçam e frutifiquem, e que os vizinhos hortelões colham todos os frutos da terra que plantarem, incluindo o chuchu que odeio.
Ah, ia esquecendo do vizinho mal-humorado, o que dedurou o bananal: a ele recomendo as Pílulas de Vida do Dr. Ross , esperando que veja a vida e Curitiba com um fígado mais cordial.
Se não quiser, sempre pode ir plantar batatas.
Não sei de você fez parte desta trupe de cuecas de seda que sempre infestaram a Prefeitura, mas isto é coisa de quem não tem o que fazer e quer mostrar serviço para o chefe. Aí saem com estas, uma sempre pior do que a outra.