por Ticiana Vasconcelos Silva
Viu a encruzilhada no céu anil. Seriam nuvens a avisar o caminho? Deus a sinalizar os desvios ou as possibilidades de tantos rumos a se seguir na vida? Ou seria aquele anjo a que todos temem sem saber o seu segredo? Apenas agradeceu e suspirou de alívio por ter retornado do Céu sem ter sido atingida pelos pássaros, pelos foguetes, pelos mísseis. Ia por aquele caminho que escolhera desde tempos imemoriais, por onde passaram os imortais. Caminho já traçado em todas suas linhas retilíneas preenchidas com letras pequeninas e cheias de magia. A poesia que ela começou a escrever desde sempre e que a levou para onde aqueles que são seus inimigos não podem alcançar. Amém.
Legal seria uma jangada que voasse pelo universo e que tivesse ali uma boa xícara de chá e eu passaria o tempo ou centenas de milhões de anos vendo tudo de perto com as estrelas bem perto,podendo ser tocadas com as mãos.
Então….
Isso aí! De jangada eu não sou boa, mas é bom contemplar as estrelas no lugar que estamos. E a lua. O sol continua a nascer todos os dias, mas o paradoxo é que ele não nasce. Está lá sempre, não é mesmo? Por isso, essa nossa ilusão. Melhor é mesmo, como você mesmo disse, tomar um chá e esperar que ele se apague. Mas vai demorar. Então vamos viver bem, que é nossa missão.