Desde os tristes acontecimentos do dia 29 de abril de 2015, quando a polícia reprimiu com bombas e tiros de borracha os manifestantes que queriam invadir a Assembleia Legislativa do Paraná, o lado dos atingidos convencionou chamar de “massacre” o ocorrido – e a imprensa, de uma maneira geral, não só engoliu como repete até hoje o termo. Houve, sim, um grande número de feridos, mas, felizmente, ninguém morreu, como um deputado chegou a anunciar naquele dia. Massacre, segundo o dicionário de Aurélio Buarque de Holanda, significa “matar cruelmente grande número de pessoas indefesas” ou “dar cabo; destruir”. Parece que não foi o que aconteceu.