Tudo o que não sou eu me assusta.
Causa-me espanto o haver coisas fora de mim.
Que terrível eu não poder sentir como se além do meu corpo.
Só existo enquanto estando no meu lugar.
Como quebro o meu mapa?
Como o externo me vê?
Como é ser para lá, eterno?
O girassol sente o meu cheiro, ou eu não lhe trago pistas de mundo alheio?
O vento leva de mim impressão?
O que há de mais meu em tudo o que não sou é uma sombra do que tento ser.
A minha existência fica no ar.