Hoje é dia de greve! Os sindicalistas vão às ruas contra as reformas trabalhista e da previdência. A bandeira é a manutenção dos direitos do trabalhador. As centrais sindicais levam na testa a estrela do PT, que, se não foi esquecido, comandou o país durante 13 anos até ser apeado por uma turma comandada pelo ex-aliado e vice-presidente Michel Temer que montou um governo com ex-ministros de Dilma Rousseff, aquela. A esbórnia, que já era grande, aumentou no Bananão. O mote das reformas, dentro da paisagem onde a podridão revelada pela Lava Jato envolvendo a cambada de esquerda, centro, direita e o escambau, transformou o país num espetáculo dantesco onde os atores do Congresso são destaque. A “greve geral” de hoje tenta incendiar os escombros. Enquanto 14 milhões de desempregados olham para isso com cara e certeza de que “essa merdança vai piorar”, funcionários públicos, que são maioria nas manifestações, empunham o megafone com a certeza de que seus empregos não sofrem o mínimo risco. Do outro lado há mais mais atrapalho do que firmeza. Os dois lados miram as eleições do ano que vem, porque, de um jeito ou de outro, espera-se que todos sobrevivam até lá. Para completar a coisa, há a ameaça dos bandalhos desmiolados dos black blocs agirem em algumas capitais e teme-se, como sempre, a reação policial. Depredação do patrimônio público e privado acontece. Se aparecer um cadáver, aí a coisa descamba para a exploração midiática e eleitoral com os urubus de sempre fazendo a festa.