por Clóvis Rossi
Greve realmente representativa é aquela que os argentinos chamavam, antigamente, de “huelga matera”. A central sindical (a histórica CGT, Central Geral de Trabalhadores) decretava a greve e o pessoal ficava em casa tomando “mate”, esporte nacional na Argentina (e no Uruguai).
Acompanhei um punhado dessas paralisações, ainda durante a ditadura militar (1976/83), quando o movimento sindical era reprimido até quando não estava fazendo greve.
Não eram necessários piquetes. A adesão era natural.
O mundo mudou, mudaram as greves até na Argentina e agora a maneira de fazer uma greve dar certo é paralisar os transportes.
Ou bloquear, com piquetes, o acesso às vias principais.
O problema é que, nessa situação, fica difícil medir o quanto há de adesão voluntária à greve e quanto é apenas impossibilidade de comparecer ao trabalho.
Pelo que vejo na TV às 10h, a greve geral desta sexta-feira (28) tem um pouco das duas coisas.
O que não deixa de ser surpreendente: se 92% dos brasileiros acham que o país está em rumo errado, conforme recente pesquisa do instituto Ipsos, o natural seria que houvesse uma adesão espontânea maciça.
Desconfio que a principal razão para que o pessoal não se entusiasme muito com a greve é a convicção íntima de que a agenda do governo não é influenciada pelo que digam as pesquisas ou as ruas.
Michel Temer não foi eleito e, portanto, não deve seu mandato a uma agenda aprovada nas urnas. Está lançando ou tentando lançar reformas ditadas pelos agentes de mercado.
Parte do pressuposto de que recuperar a economia –e, quando possível, o emprego– depende de sanear as contas públicas e facilitar a vida do capital. Só assim, reza o mantra, será recuperada a confiança dos investidores.
Eu não tenho essa fé cega em dogmas, mas também não me entusiasmo com a crítica às reformas quando elas soam como mera defesa do “status quo”, seja nas relações trabalhistas, seja na Previdência.
Desde que o capitalismo foi inventado, as relações trabalhistas são desequilibradas em favor do capital e em detrimento do trabalho.
Uma reforma trabalhista digna do nome teria, portanto, que tentar equilibrar melhor as coisas. Não é o que estabelece a reforma de Temer nem é o que se consegue com o status-quo (a CLT).
Na Previdência, exemplo prático e pessoal: contribui (compulsoriamente) a vida profissional inteira, mas, ao chegar à idade de me aposentar, só tinha direito a uma renda próxima dos 5% do que ganhava na ativa.
Tive que continuar trabalhando e assim continuarei até morrer –com as velhas regras, assim como dizem os críticos da reforma que os futuros aposentados terão que fazer com as novas.
Fico, pois, na isolada situação de ser crítico do “status quo” e também das reformas que pretendem desmontá-lo.
Os números respaldam minha posição. Em 2015, após 13 anos portanto de governos supostamente pró-pobres, o Brasil estava assim: entre os 10 países mais desiguais do planeta e com 73 milhões de pobres, pessoas com renda mensal de até meio salário mínimo.
É mais de um terço da população. Não são números do governo Temer, mas do governo Dilma, conforme informado ao Índice de Desenvolvimento Humano da ONU, no caso da desigualdade, e conforme o sítio do Ministério de Desenvolvimento Social à época (2015, repito).
Ou, posto de outra forma, com greve, espontânea ou forçada, ou com as reformas de Temer, o Brasil vai continuar sendo essa lamentável mediocridade, esse depósito de pobres e essa obscena desigualdade.
*Publicado na Folha de S.Paulo
Este é o preço que a sociedade brasileira está pagando por termos indivíduos medíocres e idiotas que votaram no PT……………. imbecis .
Só para lembrar: michel temer foi eleito com 54 milhões de votos, portanto teve sim aprovação nas urnas. É malandragem do Sr. Rossi tentar dizer que não é assim; ele os os demais 54 milhões votaram neste senhor, inclusive o nosso pombo silvestre.
Os 92% sabem também que esta greve não os representa, é só mais uma greve do mesmo bando que há trinta anos ou mais nada produz neste País a não ser atraso; também conhecidos como pelegos.
E por fim a velha malandragem da estatística com números de 2015 para parecer isentão…não engana mais ninguém exceto os pombos de sempre.
Pois é,vou dizer para minha esposa que levanta as 5 da manhã ,da 4 horas de aula no Corso Andreaza,almoça correndo por que as 12.30 horas ela pega um SEMEI e vai até as 18.30 horas é uma imbecil,idiota e vagabunda com esses dois desocupados disseram ai em cima.Não tem o que dizer,fiquem quietos que vocês não sabem nada .
Silvestre, tua mulher trabalha assim a quanto tempo? Anos e anos né e a culpa é de quem? Só do temer que você elegeu? Claro que não, isto vem de décadas de desprezo pela educação que o atual governo só está dando continuidade.
A diferença é que de 2003 até o ano passado você não enxergava isso, sua cegueira política o impedia de ver o estrago que estava acontecendo aí mesmo, do seu lado.
Pena que você continua agindo como torcedor de time de futebol e estamos falando do destino do País.
E não me venha com esta idiotice de que a vida melhorou neste período, isto é falso, a melhora só aconteceu para os nababos de sempre; principalmente os que você elegeu. Quem melhorou de vida honestamente neste período foi quem trabalhou para isso e ignorou o governo; eu sou um deles.
Vem pro Sol amigo, sai da escuridão e olha o mundo aí fora, voce vai descobrir que tem muito mais gente que pensa no País e nas pessoas sem depender de políticos.
Talvez agora você comece a entender que quem pensa diferente não é necessariamente seu inimigo.
Aproveita o feriado e dá um descanso para a patroa, faz as tarefas da casa, limpar, lavar, cozinhar…ou você acha que eu sou diferente de coce8nisso também?
A propósito: não temos horário de trabalho, não somos “CLT” e isto não significa que trabalhemos pouco…a diferença é que é mais justo: de trabalho mais ganho mais, sem precisar de tutela de governo ou sindicato…
Silvestre, todo coxinha tem um burro em casa, eles concordam quando se olham no espelho.
Pombinha SSilvestre…..vc é daqueles que sempre quer ganhar no grito usando um vocabulário chulo quando seus argumentos são fracos, tipo seu “ídalo” aquele senador inimigo do cidadão paranaense do seu estado !
Pois é,se você tivesse até por curiosidade vasculhar minha vida aqui na cidade de Londrina,ia ver que sou apartidário,sem filiação em seita,irmandade ou partido,fecho contratos com maçons sentando-lhes o cacete,até por que eu sou competente no que faço e não preciso bajular ninguem,em Londrina sou amigo de arcebispo,monsenhor,prefeito,deputados e sento lhes o cacete também como disse ontem no meu face que é muito visitado,Temos dois deputados merdas e estou pintando o prédio que um deles mora.Foda-se né?Tenho esse estranho costume de achar que todos vocês são meus filhos ou meu pai,crio essa intimidade até por que nem sei quem são vocês e nunca os vi.
Deixe eu falar o que penso,me faz bem,me traz as vezes embaraços,mas adoro o contra-ponto,o mundo seria chato se nós fosse pensar a mesma coisa,por isso não ligo para criticas ,só fico indignado com o preconceito das pessoas que lutam em um campo de visão límpido e outros que brigam com uma venda nos olhos.
Quanto aos erros de português,gosto quando me corrigem por que eu aprendo .
ApareSSido você está perdoado, abriu seu coração mole….. sinceros parabéns e te dou razão no que escreveu….daqui prá frente pode vomitar tua bílis…..que será entendido, mas, sempre é bom te contestar. Saúde!
Silvestre, donde surgiu esse espetáculo Roxo, é do bairro Batel ?