de Woody Allen
Na minha próxima vida, quero viver de trás pra frente. Começar morto, para despachar logo esse assunto. Depois, acordar num lar de idosos e ir-me sentindo melhor a cada dia que passa. Ser expulso porque estou demasiado saudável, ir receber a aposentadoria e começar a trabalhar, recebendo logo um relógio de ouro no Primeiro dia. Trabalhar por 40 anos, cada vez mais desenvolto e saudável, até ser jovem o suficiente para entrar na faculdade, embebedar-me diariamente e ser bastante promíscuo. E depois, estar pronto para o secundário e para o primário, antes de virar criança e só brincar, sem responsabilidades. Aí viro um bebê inocente até nascer. Por fim, passo nove meses flutuando num “spa” de luxo, com aquecimento central, serviço de quarto à disposição e espaço maior dia-a-dia, e depois -“Voilà!” – desapareço num orgasmo.
Tem uma peca de teatro do Elias Canetti (Nobel de Literatura) com o mesmo tema – deve ser anterior – pois o autor MORREU ANTES que o Woody…
Benjamin Buthon ou Alvaro Dias que já nasceu um grande politico já paracendo ter 80 anos de experiencia e a medida que o tempo passou voltou ao esperma.
Com Woody Allen o desfecho cômico, ao inverso do “Estranho caso de Benjamin Button” de Scott Fitzgerald.