de Fernando Muniz
A luz atravessa a cortina. Hora de mover os pés, pelas paredes até o teto e, dali, rumo à janela, generosa, que permite o escape sorrateiro até o telhado, de onde se pode ver o horizonte, tímido, envolto em nuvens e banhado por um sol que pouco aquece.
Dia que se recusa a trazer animação ao mundo. Muito menos qualquer esperança de aventura. Melhor mesmo é ficar enterrado entre as cobertas, cujo abraço drena qualquer iniciativa.