Daqui a uma semana os 1.2 milhão de alunos da Rede Estadual de Ensino não poderão entrar nas salas de aula por conta da nova greve comandada pela APP-Sindicato. Sem os professores, o território de resistência e luta, que é divulgado como um mantra pela diretoria sindicalista, se transforma novamente num espaço de radicalismo abestalhado e que só visa o interesse do lado de quem cruza os braços e não quer perder os privilégios, entre os quais o da avaliação, estabilidade do emprego e muito mais. Quem se acha com razão de emparedar o governo, até porque este, no jogo político, tem medo da militância da classe, não se digna, por exemplo, a chutar o balde e ir ao mercado da iniciativa privada para, no mínimo, ganhar mais do que reclama. O problema, muito provavelmente, é que no mundo da maioria da ninguenzada, quem não tem competência não se estabelece – e o patrão sempre está com o pé pronto para ir de encontro à bunda do empregado.
Eu até seria contra a greve,mas vendo ontem um Holerite de um deputado estadual e seus proventos de 136 mil reais isentos eu acho que os professores estão errados em querer mais de 2 contos por 4 horas de aulas e mais umas duas que levam pra casa.É um baita salario.