5:17Pensando bem…

Rogério Distéfano

MULHERES
Como as mulheres são lindas!
Inútil pensar que é do vestido…
E depois não há só as bonitas:
Há também as simpáticas.
E as feias, certas feias em cujos olhos vejo isto:
Uma menininha que é batida e pisada e nunca sai da cozinha.
Como deve ser bom gostar de uma feia!
O meu amor porém não tem bondade alguma.
É fraco! Fraco!
Meu Deus, eu amo como as criancinhas…

(MANUEL BANDEIRA)

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MICHEL TEMER não tem nada a ver com o dinheiro que Marcelo Odebrecht combinou com Eliseu Padilha doar ao caixa dois do PMDB para a chapa Dilma-Temer. O então vice-presidente da República e presidente do PMDB estava em palácio, mas saiu da sala quando aconteceu a conversa, portanto está limpo desse dinheiro sujo. Padilha combinou, recebeu mais tarde das mãos de José Yunes, amigo do peito de Temer e seu assessor na presidência da República e nem tocou no assunto com o presidente do PMDB, depois presidente da República.

Padilha acabou ministro de Temer e se afastou do ministério quando José Yunes contou a história para Temer uma hora antes de desembucha-la para o Ministério Público. Tudo bate, desce redondinho, feito um Johnny Walker on the rocks. Marcelo Odebrecht estava no Jaburu, falou de tudo com Michel Temer. Quando começou a falar do caixa dois para a campanha, um pouquinho antes, Temer saiu da sala do Jaburu, deixando Marcelo com Eliseu. Este é o momento que o TSE poderia examinar no processo contra a eleição de Dilma-Temer.

Por que Temer saiu da sala, deixando Marcelo e Eliseu a sós? Aventuro um palpite: o vice-presidente da república e presidente do PMDB foi atender um zap/zap com selfie de Marcela, sua mulher. Daí a confusão, Marcelo e Marcela. Só queria saber o que o dono da maior empreiteira-propineira da América Latina, caronista de Lula pela África, tinha que fazer na casa do vice-presidente da República e presidente do PMDB. Ora, isso não tem problema. Problema mesmo seria Michel Temer receber um selfie de Marcelo Odebrecht em traje de Adão.

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BORA TRANÇAR – a convocação da senadora Gleisi Hoffmann no Dia Internacional da Mulher. Bora é seu conhecido grito de guerra nas paralisações.  Trançar vem de trançar as pernas, trava do avanço sexual. Gleisi chama as mulheres para greve de sexo, um dia sem transa – com marido, marida, namorado, namorada, cumpanhêro ou cumpanhêra.

Lamento o repto da senadora em nome dos homens que gostam de mulheres e de sexo com mulheres (sem qualquer restrição às variantes da moda). Logo a senadora, a quem considero, com todo o recato de que sou incapaz, uma mulher sensual, atraente, desejável. Talvez seja isso, a senadora sabe o efeito que produz. Daí a greve.

Gleisi é tão radical nas atitudes que no quesito greve do sexo nem seu marido irá escapar: o ex-ministro Paulo Bernardo que recolha o garanhão, não se aproxime da cumpanhêra-esposa, não venha de caras e bocas de presidiário em dia de visita conjugal. Vai bater no cinto de castidade com a faixa ‘Bora Trançar’.

Se bem que acho que nem adianta, pois depois da Lava Jato, prisão pela PF e invasão das gavetas do quarto, Paulo Bernardo travou as gônadas.  A proposta desenxabida faz suspeitar que a senadora está com os parafusos soltos. Parece que para ela todo mundo transa o tempo todo neste país, até os cumpanhêros do PT, também alvos do jejum sexual.

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