11:37Menos pobres, menos Bolsa Família

Da Agência Estadual de Notícias

Redução da pobreza diminui número de dependentes do Bolsa Família no Paraná

O Paraná reduziu o número de famílias dependentes do Bolsa Família nos últimos anos. Dados do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes), com base nos dados do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, mostram que o Estado tinha 370,8 mil famílias dependentes do programa em 2016. O volume é 20,5% menor do que o registrado em 2010 (466,6 mil).

O Paraná foi o Estado que mais reduziu o número de beneficiários do Bolsa Família no período. Em segundo lugar ficou Rondônia, com redução de 18%, de 114,1 mil para 93,5 mil famílias. No Rio Grande do Sul o número caiu 16,4%, de 456,8 mil para 379,2 mil.

Em todo o País, no entanto, o programa federal, criado para auxiliar pessoas em situação de extrema pobreza, ampliou o número de usuários em 6%, de 12,8 milhões para 13,7 milhões de famílias.

A principal explicação para a redução do número de beneficiários do Bolsa Família no Paraná está na diminuição da pobreza no Estado, na avaliação do economista Julio Suzuki Júnior, diretor-presidente do Ipardes.

Programas de combate à pobreza, como o Família Paranaense, e de incentivos para instalação de empresas e geração de empregos, como o Paraná Competitivo, têm contribuído para melhorar a renda da população e tirar famílias da linha da pobreza.

“O que se observa no Paraná, nos últimos anos, é que o rendimento subiu mais entre a parcela da população com menor renda. Programas de assistência social e de promoção do emprego vêm proporcionando maior independência e autonomia para as famílias mais pobres”, diz Suzuki Júnior.

POBREZA – O Paraná conseguiu diminuir a pobreza em 15% entre 2009 e 2015, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do IBGE. O número de pessoas que residem em domicílios cuja renda mensal per capita é de até meio salário mínimo – um dos critérios para medir a pobreza – caiu de 2,1 milhões para 1,5 milhão no Estado. Foi a maior queda entre os Estados do Sul e quase cinco vezes a registrada no Brasil no mesmo período. Entre 2009 e 2015, o número de pessoas que ganhava até meio salário mínimo no Brasil caiu 3,3%, de 58,2 milhões para 56,3 milhões.

“Hoje o Paraná também se consolida como um Estado socialmente responsável. Os resultados alcançados pelo programa Família Paranaense nos enchem de orgulho e mostram que estamos no caminho certo”, diz a secretária estadual da Família e Desenvolvimento Social, Fernanda Richa.

Lançado em 2012, o programa Família Paranaense, principal programa do governo para redução de pobreza no Estado, atende famílias que vivem em situação de risco e vulnerabilidade social.

Desde a sua implantação, já chega a 265,6 mil o total de famílias atendidas em todos os municípios do Estado. Por meio da modalidade de transferência de renda às famílias que vivem em extrema pobreza, o programa reúne ações articuladas de 19 secretarias e órgãos estaduais. São ações principalmente nas áreas da assistência social, educação, saúde, habitação, agricultura e trabalho.

MUNICÍPIOS – O levantamento do Ipardes mostra que em Curitiba o volume de famílias dependentes do programa Bolsa Família caiu 30,5%, de 42.747 em 2010, para 29.701 em 2016. A maior queda, no entanto, se deu nos municípios de menor porte.

Santo Inácio, no Norte do Estado, foi o que registrou maior recuo no número de dependentes do Bolsa Família. Em 2016, o município tinha 47 famílias atendidas pelo programa, 80% menos do que as 235 em 2010. Itambé, na Região Metropolitana de Maringá, registrou uma queda de 78,6%, de 215 para 46, e Itaguajé, no Noroeste, teve queda de 71,3%, de 380 para 109 famílias. Em 2016, a remuneração média por família no Bolsa Família no Paraná foi de R$ 152,17.

O Bolsa Família é voltado para famílias extremamente pobres (renda per capita mensal de até R$ 85) e pobres (renda per capita mensal entre R$ 85 e R$ 170). O programa envolve repasses de cerca R$ 2,4 bilhões por mês em todo País.

 

Uma ideia sobre “Menos pobres, menos Bolsa Família

  1. Zé Ruela

    Excelente notícia, espero que um dia não haja mais necessidade destes programas sociais, assim não teríamos mais pobres entre nós, enquanto isto é continuar a luta, esta é mais uma guerra que precisamos vencer.

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