7:07A manchete e a greve anunciada

A Gazetona manchetou hoje: “Governo Richa ganha um mês para evitar a greve na educação”. Se tal berro estivesse no jornal do sindicato da categoria, seria compreensível. Pelo que está escrito, parece que o jornal da família curitibana se tornou companheiro de um lado nesta queda de braço. Ou seja, quem lê junta lé com cré e compreende que, se o Palácio Iguaçu não aceitar as reivindicações da APP-Sindicato, a paralisação referendada sábado em assembleia realizada em Maringá, começa mesmo. A greve vai a reboque de uma decisão anterior e fará parte de um movimento nacional. Os 30 dias “concedidos”, segundo se interpreta pela manchete, para que o governo pense bem, acontece porque as propostas para o início da greve na próxima quarta-feira (15), quando começam as aulas, ou sete dias depois, foram rejeitadas em Maringá. Se houver algum tipo de negociação entre as partes neste tempo, a militância do sindicato terá o trunfo de dizer que no dia 15 a greve é nacional e que o sindicato aderiu porque o resto do Brasil fez isso. Portanto, que está concedendo mais um tempo para o Goveno do Estado pensar bem no que está fazendo. A pauta do que querem com a paralisação de meados de março, segundo registra o site da entidade, não mudou um milímetro do que colocaram até agora no pano verde da negociação. Se não houver recuo do governo, que já disse mais de uma vez que o que está feito, está feito, tudo vai parar. Cada um vai colocar a culpa no outro lado, enquanto 1,2 milhão de alunos ficarão em casa. Resta saber qual será a manchete da Gazetona que vai às bancas no dia 16 de março.

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