de Ambrose Bierce
Chegar ao Congresso de nossa nação
É ver indolente e faminto esquadrão
De pajens, adidos e outros engodos
Nomeados por pulhas e pagos por todos.
Nem gato ali passa de tão apertado
Nem ouve na turba o próprio miado.
Que a pajens, adidos, demais parasitas
Abundem desgraças, desastres, desditas!
Que torto lhes seja o funesto caminho;
Mil pulgas habitem o seu colarinho;
Pelejem os ossos com dores sem fim,
Que tenham cirrose e mil pedras no rim;
Que haja em seu corpo micróbios e germes
E entranhas devorem-lhe as tênias e vermes.
Piolhos lhe ataquem de todos os lados
E percam libido de tão empalados.
Que o sono não seja tranquilo jamais
Mexam-se cadeiras e falem sofás,
Que o chão lhes tremule em tais ondas medonhas,
Chutem-lhes colchões e que ronquem as fronhas!
Que o Anjo da Morte dizime esse mar
De avaros malditos e possa vingar
Quem quis e não pôde a mim contratar.