Rafael Greca quebra o protocolo e vai assumir a prefeitura no Memorial de Curitiba. Obra dele na gestão onde havia dinheiro para o que muita gente chama de “criatividade”. Esta “intervenção” no chamado Centro Histórico, “cavalo babão” à parte, conseguiu o grande efeito de estragar a arquitetura única do lugar. Greca, que sabe decorada a história de todos os personagens que dão nome às ruas da cidade, etc., e faz disso forte peça do marketing pessoal, talvez tenha tentado fazer ali algo parecido com a pirâmide de vidro do Louvre ou o próprio museu Georges Pompidou, de Paris, mas o que conseguiu foi apenas um ruído singela paisagem com o trambolho em concreto, ferro e vidro – além de um espaço generoso para o belo painel de seu amigo Sergio Ferro, que custou os olhos da cara ao governo federal quando ele era ministro e comandou aquele espetáculo sem comentários da comemoração dos 500 anos da descoberta do Brasil. Portanto, a posse do novo prefeito não poderia ser mesmo em outro lugar. Vale um brinde de gengibirra.