Do jornal O Estado de São Paulo
O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Antonio Carlos Nardi, é um dos alvos da Operação Nipoti deflagrada nesta quinta-feira pela Polícia Federal, que investiga irregularidades cometidas em Foz do Iguaçu. Fontes da PF dizem que há contra ele mandados de condução coercitiva e de busca e apreensão no endereço dele em Maringá. O primeiro ainda não foi cumprido. No Ministério da Saúde a informação é a de que ele está trabalhando normalmente.
Pela manhã, policiais fizeram uma busca na sede do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems), instalada no prédio anexo do Ministério da Saúde. Foram apreendidos documentos de um convênio realizado em dezembro 2014, época em que Nardi exercia a presidência do colegiado. O convênio previa o fornecimento de recursos da Organização Pan-Americana de Saúde para o 30º Congresso de Secretários de Saúde do Paraná. O presidente do Consasems, Mauro Guimarães Junqueira, foi ouvido pelo Estado. Ele afirmou que toda documentação sobre o congresso foi entregue à PF.
Nardi foi secretário municipal de Saúde de Maringá. Ligado ao PP, ele assumiu em 2015 o comando da Secretaria de Vigilância em Saúde, durante a gestão de Arthur Chioro. Depois do impedimento da presidente Dilma Rousseff, Nardi assumiu o comando da secretaria executiva da pasta. Foi o único secretário da Saúde que permaneceu no posto, mesmo depois da troca de ministros. Nardi é conhecido pela sua estreita ligação com secretários municipais de saúde.