Rogério Distéfano
“Crônicas sem compromisso”, o título do livro. Desvio o nome do autor, não quero saber. Se não teve compromisso com a escrita, não tenho compromisso com a leitura.
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De Josias de Souza, blogueiro: “Renan não aceita ser tratado como um Cunha qualquer”. Faz bem, Renan não é um Cunha qualquer. Renan é um grande, excepcional Cunha. E assim deve ser tratado.
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O governador Fernando Pimentel pede a decretação do estado de calamidade em Minas. Até que demorou. A calamidade aumentou quando Pimentel assumiu o governo.
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O STF já afastou Eduardo Cunha e Renan Calheiros por não poderem chefiar poderes sendo processados. E Michel Temer, também processado no TSE, pode chefiar poder?
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SAIU ONTEM a história dos dois deputados que pediram R$ 5 mi para livrar empreiteiros da CPI. Um do PT, Marco Maia, outro do PMDB, Vital do Rego. Maia continua na Câmara, onde chegou a presidente, e do Rego foi para o Tribunal de Contas da União, ministro vitalício. Está lá com Aroldo Cedraz, ex-presidente do tribunal cujo filho fazia tráfico de influência como advogado e Raimundo Carrero, ministro que ajudava o filho advogado de seu colega. Não acontece nada. Nunca irá acontecer nada. Com eles. Com o Brasil e contra o Brasil, vide Renan Calheiros.
O TCU tem nome de tribunal, se fantasia de tribunal, age como tribunal. Um travesti de tribunal – só levantando a toga a gente sabe que por baixo não tem juiz; qualquer ‘juizeco’ derruba decisão de TCs. Os membros dos TCs têm até as garantias da magistratura, puxam sua sardinha para a brasa da LOMAN. Com uma diferença: nos TCs não pinta aposentadoria compulsória, nem afastamento, nem nada. Por quê? Simples, os caras sabem demais. Isso vale mais que qualquer garantia da magistratura, é habeas corpus, preventivo e vitalício.