por Célio Heitor Guimarães
A homenagem prestada na noite de ontem pela cidade e pelo povo de Medellín, na Colômbia, à equipe de futebol do Chapecoense e aos brasileiros que pereceram no acidente aéreo de terça-feira foi um desses raros momentos em que se sente renascer a esperança na humanidade. Um estádio inteiro de pessoas comovidas com a tragédia. Autoridades e gente simples do povo colombiano, incluindo os atletas do Club Atlético Nacional, que naquela quarta-feira enfrentaria o time brasileiro de Chapecó, pela decisão do torneio sul-americano de futebol, em uma cerimônia de dor e respeito a quem sequer conheciam. Um momento que valeu uma eternidade.
Mais de quarenta mil pessoas, várias crianças, vestindo branco, carregando balões e flores e exibindo faixas de apoio, com frases como “Somos todos Chapecoense”, “Surge uma nova família” e “Força, Chape!”. Dentro do gramado foram soltos 76 pombos brancos, representando cada uma das vítimas do acidente, enquanto a arquibancada entoava “Vamos, vamos, Chape!”. Impossível não se emocionar.
Poucos sentimentos são mais bonitos do que a fraternidade, porque une amor e solidariedade. Algo que, como pontuava Rubem Alves, não se ensina, nem se ordena, nem se produz. É uma entidade do mundo interior do ser humano, que brota e se manifesta naturalmente, como se viu no estádio Atanásio Girardot.
Célio: uma análise séria, curta e emocionada. Apoiado. E mais, aqui,só para o teu ouvido: quando eu crescer, quero saber escrever igual a você.
Um abraço,
Bitte