7:17Temer, a unanimidade

Michel Temer tomou posse definitiva na presidência da República no dia 31 de agosto, ou seja, há pouco menos de 3 meses. Seu governo está conseguindo a façanha de piorar o que estava horrível, mesmo porque se cercou de uma equipe (alguns oriundos do time de Dilma Rousseff) de bandoleiros políticos. Diante do escancaro, boa parte do Congresso, que derrubou a ex-presidente, vestiu a bandeira do Bananão, bateu no peito como o mais patriota dos patriotas, se achou com o direito sagrado de sangrar ainda mais a confiança da ninguenzada que os colocou lá como representantes. A questão da anistia ao caixa 2 que tentam embutir no projeto de lei anticorrupção, é um dos maiores atentados contra o fiapo que resta de esperança para os que ainda são otimistas e acham que isso aqui tem algum jeito e vai endireitar. Todos deputados que são a favor deveriam ser presos sem precisar de provas porque assinaram o atestado de que são mesmo corruptos. Uma aprovação vai enterrar a Lava Jato, a única manifestação decente ocorrida ao longo da história da República para, pelo menos, mostrar ao povão bovino que, sim, o andar de cima da politicalha brasileira é podre, composta de ladrões alimentadas pelos donos do dinheiro que vivem disso alimentando as aves de rapina com propinas. Michel Temer está mesmo conseguindo o impensável há pouco tempo, como prevê Regina Freire Maia na revelação feita no artigo de ontem de Rogério Distéfano: unanimidade para que se arranque ou seja arrancado do poder – ele com aquele peito estufado, a cara de paisagem e as mãos que não sossegam, como se quisesse enganar a todos feito um ilusionista.

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