Da coluna de Luiz Geraldo Mazza, na Folha de Londrina
Quem está de tornozeleira eletrônica é o engenheiro Eduardo Lopes de Souza, dono da Valor, a empresa envolvida nos desvios de recursos de obras escolares da operação Quadro Negro, que se encontrava em prisão preventiva. Esse caso, tanto o do roubo nas escolas como o da gangue de fiscais que assaltava o erário, é indispensável a divulgação, da mesma forma que Sérgio Moro mostra o caso de Cabral como exemplo da quebra do Rio: enquanto uns se locupletavam agora a crise atinge a todos, especialmente os mais pobres. Aqui também as apurações do Gaeco tentam, em escala menor, fazer com que vejamos na corrupção um dos fatores da crise que a todos envolve. Afano em construções escolares ou por ação de fiscais da Receita Estadual ajudam a mostrar por que quebramos.
Mau exemplo
Nosso governador é mau exemplo: amigos pessoais e de relativa intimidade, com os quais dá arrancadas automotivas ou partidas de tênis, envolvidos até o pescoço em corrupção nos casos da Publicano e da Quadro Negro. Isso parece não ser captado por ele como se tal fato não gerasse a presunção constrangedora do trânsito livre. Não é pior, mas se junta ao episódio Ezequias, superprotegido com o privilégio de foro na condição de secretário, embora apanhado na trama de enganar a sogra, fazê-la funcionária-fantasma, sem conhecimento do assunto, da Assembleia e apropriar-se da grana drenada para sua conta pessoal.
Olha que coisa boa.
Tem gente da elite paranaense de tornozeleira eletrônica.
Que bacana pro Palácio Iguaçu.
Conta tudo Dom Eduardo?
Gafanhotos, diários secretos, quadro negro, tudo acobertadoooo por TJ e MP, TC e outros poderes….. poder mesmo….