Rogério Distéfano
O ESTRESSE de todas as manhãs, levar os filhos à escola, trânsito lento e motoristas descuidados. Naquele dia, agravamento do estresse, a mulher que se maquiava ao volante: fechava o sinal, ela retomava o processo, que paralisava com a reabertura – mas com o diferencial de demora que leva quem está atrás a buzinar. Foi assim por bons dois quilômetros; parada, maquiagem, avanço, parada, maquiagem sob o som das buzinas. Nada bastasse, dava sempre um jeito de ocupar faixa e meia, a dificultar ultrapassagens.
A certa altura, depois de muita buzina, deu passagem e recebeu do motorista exasperado o sinal do dedo médio, aquele de vassefuder. Perto da escola, ela ultrapassa o pai exasperado, replica na buzina e no vassefuder: com um sensível e delicado acréscimo, enfia o dedo médio na boca e o chupa com volúpia. O que significa deixo a critério do leitor versado em chupões e buzinas. Marcou-me o comentário da filha do exasperado: “Pai, acho que ela é professora do colégio”. A primeira lição do Enem.
Opa! Pelo que temos ouvido e visto de certos “professores”, a meninnha deve ter razao!!