por Ivan Schmidt
A reta final da eleição para a escolha do novo presidente dos Estados Unidos (Hillary Clinton ou Donald Trump) acirrou os ânimos tanto dos candidatos quanto de suas equipes de marketing e propaganda. E isso não poderia deixar de atrair a atenção da mídia e dos próprios eleitores dos Partidos Democrata e Republicano.
Lá como cá, o que se tem observado é que existe grande espaço especialmente nos meios de comunicação e nas redes sociais, para a disseminação de boatos e insinuações de conduta indevida dos candidatos em disputa, sendo que algumas dessas especulações (algumas verdadeiras) alcançam grande repercussão junto à opinião pública.
É o caso das acusações levantadas contra Donald Trump por mulheres que se declararam assediadas sexualmente, há alguns anos, pelo magnata miliardário. Aliás, o próprio teria admitido a amigos não ter o menor pudor em sair apalpando ou beijando a primeira (e qualquer) mulher que avistasse. E que nenhuma delas “resistia” a seu jogo de sedução…
Nos últimos dias de campanha, o parvenu da política norte-americana está se vendo em palpos de aranha para livrar-se da incômoda imagem de molestador de mulheres, e os principais jornais estão deitando e rolando com a fartura de dados que pipocam aqui e ali.
Na verdade, Trump é amplamente condenado pelo passado nebuloso, agora exposto no novo best-seller escrito por David Cay Johnston (The making of Donald Trump(A formação de Donald Trump), em tradução livre, pois o livro editado pela Melville House ainda não foi publicado no Brasil.
O autor do livro é um jornalista investigativo que pesquisou dados e informações sobre a vida pregressa de Trump, desde os anos 80 do século passado. Ele já ganhou o Prêmio Pulitzer por outros trabalhos de grande repercussão publicados.
No livro, David Cay enumerou uma série de fatos sobre Trump que a maioria da população americana desconhecia, sem falar no resto do mundo, com o agravante de supostas ligações com a Máfia e o narcotráfico.
A revelação inquietante é parte da entrevista com o autor do livro feita pela jornalista Lúcia Guimarães, publicada no caderno Aliás do jornal O Estado de S. Paulo de 18 de setembro desse ano.
A repórter brasileira informa que Cay deu crédito às muitas revelações do também jornalista Wayne Barret, que passou 20 anos no tabloide Village Voice, tido “como o mais afiado repórter da história recente de Nova York”.
Segundo o entrevistado, no mês de outubro “o nome Trump vai desaparecer do terceiro e último cassino operado pelo candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, o Taj Mahal, com a perda de 3 mil empregos. A empresa operadora de cassinos fundada por Trump atravessou, sob a gestão do empresário, quatro falências que renderam a ele milhões de dólares, enquanto forçava fornecedores a arcar com perdas”.
Entre outras coisas mencionadas sobre a controvertida personalidade de Trump, Cay diz que “em nosso primeiro encontro, inseri um fato inexistente numa pergunta sobre cassinos e ele imediatamente assumiu como fato. Era evidente que estava diante de um vigarista”.
Trump e seu pai (Fred) foram donos de mais de 14 mil apartamentos no Brooklin, segundo o livro do jornalista norte-americano, mas a dupla negava o aluguel de moradias a minorias raciais: “A lei de defesa dos direitos civis de 1968 introduziu o Fair Housing Act, que proibia discriminação por parte de proprietários de imóveis. Em 1973, depois de uma investigação em que enviou agentes disfarçados de inquilinos potenciais, o Departamento de Justiça acusou Fred e Donald Trump de se recusarem a alugar apartamentos para negros”.
“Um governo Trump vai ser uma rotina de crises”, acentuou Cay Johnston, sublinhando que ele “não tem a menor ideia das atribuições e limitações de um presidente, acha que pode se comportar como um ditador. Suponho que comandantes militares estão examinando os limites da lei para desobedecer ordens. Trump é atraído por violência. Imagine um presidente usando a receita federal para punir quem atravessa em seu caminho. Ou usando o aparato de vigilância da inteligência para espionar inimigos em Washington”, advertiu Cay ao concluir pela descrença de que “Trump possa completar um mandato sem pedirem seu impeachment”.
A expulsão sumária do território norte-americano de milhões de imigrantes sem documentos, a construção de um muro na fronteira com o México, com o custo pago pelos mexicanos e outras insanidades, além da maior de todas e que põe a nu sua maniqueísta visão de mundo, é que o resultado da eleição só será aceito por ele (Trump) “se eu for o ganhador”.
Átila, Gengis Kã, Mussolini, Hitler, Stalin, Béria e Pol Pot são ajudantes de missa bem-comportados perto do novo Donald que não faz rir, mas enche de pavor a população do maior país do planeta.
Pois é,logo agora que o Putin fez o maior míssil do mundo ,já apelidado de “bernardão”pelo seu tamanho e grossura.