Rogério Distéfano
A ADOLESCENTE XINGOU os deputados na assembleia do Paraná. Do esquadrão dos ocupantes de escolas, culpou os deputados pela morte do colega, também ocupante. Disse que os deputados têm sangue nas mãos. Exagero, rematado – no sangue; eles têm manchas, outras, da tinta dos diários secretos. A menina não foi melhor nem pior que a advogada que atribuiu ao governo do Estado a criação de “um cadáver”. Aliás, da estudante a gente aceita; da advogada, só se repudia o oportunismo de tirar vantagem do cadáver.
Dezesseis anos, a idade da estudante. Quem passou pelos dezesseis sabe como é: ingenuidade, inexperiência, generosidade, empatia, cega empatia. Não se exclua a doutrinação dos professores, ainda que todos tenhamos um dia sido alunos e nos consideremos em débito vitalício com eles. Mas que eles doutrinaram os estudantes em favor da ocupação e contra o governo – incluam-se os políticos -, isso eles fizeram. Se os professores ensinassem com a eficiência com que doutrinam, o Brasil seria outro.
Esses movimentos sempre têm massa de manobra, aqueles que os engrossam, conscientes ou não. No volume dos participantes estão os de boa-fé, os solidários e os manipulados. Isso existe desde antes do julgamento de Cristo, os fariseus induzindo a multidão contra o filho de Deus. A liderança dos professores esperava um desenlace como o da batalha do Centro Cívico, do ano passado: borrachadas, tiros, agressões não letais da polícia, deputados escrachados, governador desenxabido. Não deu nada disso, os de fora aprenderam..
Volto à adolescente, de quem omito o nome. Adoto a cautela que faltou ao presidente da assembleia legislativa ao franquear-lhe a palavra: ele e os colegas foram caluniados e não podem responsabilizar a caluniadora, menor pelo código penal – embora eleitora. Espero estar aqui para ver o futuro da garota, um dia deputada, senadora, ministra – e que seja poupada de uma Lava Jato. Menina com luz própria, vai longe, dispensa o ‘berço’ – esplêndido para Maria Victória e outros que assumem o nome do pai para entrar e crescer na política.
Essa menina me lembra alguém. Esqueçam os filhos de nosso patriciado político, não têm a estamina da garota caluniadora. Se você acompanha a política, dentro e fora das redes sociais, já alcançou o modelo da garota caluniadora: Gleisi Hoffmann, começou assim, molecota, esbravejando, metendo a boca no mundo e em seu Raimundo, de início requianete, depois lulete, em seguida dilmete. Guardem o nome da menina – insisto em não escrever – e confiram a partir de 2022; lá estará ela, candidata. Nela, como em Gleisi, o céu é o limite.
EXCELENTE!
No caso da gleisi pode ser que o céu seja limitado pelas grades…
Essa garotada está sim doutrinada com ideologias marxistas nas salas de aula, pena que poucas autoridades por ignorância permitiram a semeadura, já em fase de colheita, da revolução cultural gramsciniana, acredito que se este mal se propagar teremos o exército espartano de novo no poder.Assim dará para acreditar que teremos ordem na marra.
E de fato, não podemos esquecer o nome da caluniadora para jamais deixarmos essa cobrinha se criar !
Deixem estar jacarés um dia a lagoa há de secar.