A campanha para prefeito de Curitiba neste segundo turno corre o risco de ser ainda mais insossa do que a do primeiro – que pelo menos tinha algumas figuras dignas de piadinhas, mas que não pegavam. Agora os dois candidatos se esforçam para demonstrar seriedade, mas está difícil, porque os discursos, como disse o atual prefeito, é aquele de vender terreno na lua. Leprevost chegou onde queria e se preparou há anos para tanto, mas parece que até ele se surprendeu em atropelar Fruet e agora faz lembrar aquela situação de quem diz: “o que é que eu faço?”. Greca é Greca. Deveria ir a pé até Aparecida do Norte para pagar promessa porque ressuscitou politicamente graças ao esforço feito para tirar o atual prefeito da jogada principal, que é a disputa de 2018. Ele quase morreu pela boca no auge do entusiasmo de que iria vencer no primeiro turno, mas carrega nas costas a acusação de ter se apropriado de bens públicos – coisa que não respondeu até agora. No primeiro turno o índice de votos nulos, brancos e, principalmente, de abstenções, superou o de Greca, primeiro colocado. O eleitor está cansado aqui e acola. O disco das campanhas parece furado e a ladainha se repete. No fim, tudo continua na mesma, principalmente a conta a ser paga.