13:20TANGOS & MILONGAS

cesar

César Kubiak

Rogério Distéfano

Rende milonga

Em post do dia 3 passado, Aroldo Murá registra em seu blog que Rafael Greca casou com Margarita em 2015, tendo Giovani Gionédis e sua mulher como padrinhos. Alerta a Ney Leprevost e seu mago marqueteiro gardelón: se não tira voto, isso rende milonga.

Eis algo a ser explorado, nitroglicerina mais pura que as antiguidades: até um ano atrás, desde que exerceu mandato de prefeito, o candidato e a expectante primeira-dama viveram em pecado. Antes até da Casa Klemtz.

Não condeno a união, estável como rocha, mais inquebrantável que o casamento indissolúvel. O que pensará disso a boa, caridosa e recatada sociedade do Batel Soho, que confessa os raros pecados na paróquia de Santa Terezinha?

Trocas alternadas

O debate entre Rafael Greca e Ney Leprevost na Gazeta foi tão educado, tão civilizado, tão curitibano, que só faltou o Vinho do Avô, o tira-gosto e a linguicinha na mesa que separava os dois. Parecia que disputavam a primazia no beijar a mão da ‘minha Margarita’ (dele, Greca), não quem vai dormir na antiguidade, a cama do Ouvidor Pardinho.

Fossem candidato e candidata, sairiam do debate direto para o motel, tamanha a cortesania. Nesse passo, já que são tão gentis e amorosos podiam fazer trocas alternadas: Greca fica dois anos no cargo e Leprevost outros dois; ou trocam todo mês, toda semana, todo dia, conforme a vontade e o apetite, um na prefeitança, outro na vice.

Um pouco de paz

Juan Manuel Santos, presidente da Colômbia, ganha o prêmio Nobel da Paz por ter conduzido o acordo de paz com as Farc, a guerrilha que há 50 anos tumultua o país. Por 58 mil votos os colombianos rejeitaram em referendo o acordo de paz.

Esse prêmio nem sempre dá certo. Líderes israelenses e palestinos também receberam e o conflito continua até hoje. Digamos que o prêmio vem para um momento, um esforço, uma tentativa de paz, não para a paz permanente – porque esta não existe.

Segredo da justiça

O ex-ministro Joaquim Barbosa foi condenado a pagar R$ 20 mil de indenização por ofensa a jornalista de Brasília. O ministro Gilmar Mendes ganha causa que condena jornalista de São Paulo a pagar-lhe R$ 30 mil por ofensa.

Tem um artigo oculto em segredo de justiça na lei da magistratura dizendo que honra de ministro da ativa vale mais que honra de jornalista. Ministro do Supremo, da ativa ou da reserva, fica com pouco dinheiro depois de todos os penduricalhos do contracheque. Quanto terei de pagar de indenização por estas linhas?

Friambreria

Os ministros do Supremo inauguram a jurisprudência do fiambre. Henrique Lewandowski fatiou o impiche de Dilma, Teori Zavascki os processos de Lula e Renan. Um avanço. Esperemos para o próximo século a jurisprudência do moedor de carne.

Pneumotórax

Duas gripes em quatro meses. O doutor César Kubiak passa a receita e os cuidados. E se piorar, pergunto, baixo hospital? “Não”, responde o doutor, “vai no bailão e dança um tango argentino”, tirando onda do médico de Manuel Bandeira pra cima de mim.

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