Do analista dos Planaltos
Não é de hoje que o Prêmio Nobel erra o alvo. Ou pelo viés esquerdista e politicamente correto da Comitê do Nobel, ou por má pontaria mesmo. O Prêmio Nobel da Paz para João Manoel Santos, presidente da Colômbia, é um exemplo.
Durante mais de 50 anos as Farc tornaram a vida na Colômbia um inferno na terra. Guerrilha sanguinária para converter o país ao comunismo, guerra civil, narcotráfico e sequestros que duravam anos, homicídios e extorsão.
Não há horror em que esse grupo não esteja envolvido. Quando as Farc foram derrotadas militarmente, o presidente Santos costurou, com Cuba, patrocinadora histórica da guerrilha, um acordo de paz extremamente benigno para os facínoras.
Uma anistia para os criminosos, penas leves e até ajuda financeira para os envolvidos nos crimes mais violentos. A população, mesmo cansada por meio século de conflito sangrento, refugou premiar o crime. O Nobel, com a miopia costumeira, premiou Santos. Um mico.