Do correspondente em Brasília
Houve época em que a bancada paranaense na Câmara Federal tinha alguns ícones. Norton Macedo e Alencar Furtado foram dois deputados que marcaram, embora de posicionamentos antagônicos.
O tempo passou com poucas projeções. Estre os atuais parlamentares, tomando como referência a soma de trabalhos em favor da comunidade e de todo o Estado, projeção com temas atuais, e atuação em plenário, dois deputados podem ser uma aposta de futuro: João Arruda e Sérgio Souza.
Arruda navega bem com o Marco Civil da Internet e Sérgio Souza com a CPI dos Fundos de Pensão. As semelhanças entre os dois são grandes. São do PMDB e têm idades semelhantes, além de boa estampa. O que não significa que dividam harmonicamente o espaço partidário.
Arruda é sobrinho do senador Roberto Requião e Sérgio Souza aliado do ex-governador Orlando Pessuti, que é desafeto de Requião, de quem foi aliado por três décadas. Situação que pode gerar uma Guerra Santa como também favorecer um dos dois pela conquista de espaços regionais.
No atual quadro político vitaminado pelas derrapadas do PT, que sempre foi defendido pelos requianistas, Sérgio Souza pode ganhar musculatura. Isto se prevalecer a lógica e o trabalho contínuo. O que pode não acontecer. Em política a ilógica pode ser sinônimo e não antônimo de lógica.
Sérgio Souza não surpreende. Quem o conhece, compra. “Gente fina da melhor qualidade”, como se diz lá no Poeira – bairro rural onde dez de cada dez famílias, são mineiras – da minha Santa Isabel do Ivai.
Para o azar dos dois “ases” ambos pertencem ao mesmo partido, que tem dono e que faz dele o que quer. Então se ambos pretendem alguma coisa, das duas, uma, ou o partido troca de dono ou os “ases” trocam de partido.