16:01Bugalhos & Trocadalhos

julianapaes

Em tempos de Marcela Temer as mulheres do Planalto voltam a ser belas. Na foto o corte de cabelo do momento, o ‘trapézio’. Criação do hair stylist Thiago Parente, que explica: “bob Chanel, com leve franja lateral e desfiado nas pontas. Corte a seco e use bagunçado”.

Rogério Distéfano

As velas

Dilma chega ao Senado com duas velas, o Chinaglia e o Canaglia, uma pra Deus, outra pro diabo.

Refrão

Fundo musical do impeachment: de Kleiton e Kledir, “Deu pra ti, baixo astral, vai pra Porto Alegre, tchau”.

Habite-se

Michel Temer que se garanta e faça vistoria antes da mudança para o Alvorada. Na dúvida, Dilma despachou a matalotagem para Porto Alegre. O senador Requião esteve no Alvorada, os palpites e as maldades de sempre. Algo do tipo entupir as privadas e arrancar o registro das torneiras.

Atores sem autores

Hoje no Senado atores e atrizes a favor e contra Dilma. Direito deles, são cidadãos como quaisquer outros. Só tem um problema com atores e atrizes: no trabalho eles fazem personagens; na vida real não tem roteirista. Direito deles. Também nós, autores de nosso roteiro, fazemos bobagens.

Pergunte ao pó

Dilma fotografa com artistas, alguns de óculos escuros. Os óculos, timidez, fotofobia ou o pó do Planalto?

Moro nele

O Instituto Lula perdeu a isenção fiscal. Usava o dinheiro para finalidades não autorizadas. Terá que pagar imposto no futuro e multa pelo imposto do passado. Muito pouco. Tem mais é que acabar com a isenção genérica a Lula, que sempre escapa da frigideira.

Muito golpe pra pouca Sônia

O filme Aquarius foi classificado impróprio para menores de 18 anos. Sônia Braga, protagonista do filme e dos cartazes contra o ‘golpe’ no festival de Cannes, queixa-se da classificação: “é censura”. Não demora berra “golpe”. Logo Sônia, que nasceu e brilhou como artista na ditadura militar e sumiu com a democracia.

Rabo de lula

A companheirada exige que Lula desça das galerias do Senado e vá catimbar votos em favor de Dilma. O impeachment não é mais golpe. Agora é rabo de arraia de eleição sindical. Se fosse urna e não placar eletrônico, a pelegada levaria para casa.

Ela é de morte

MESMO os cúmplices concordam, os/as fanáticos/as discordam. Dilma não pensa. Ou, em linguagem piedosa, pensa que pensa. O resultado, não adianta, é o mesmo, bobagem, inconsistência, incongruência, todos os tiltes dos neurônios até descambar no mais patético ridículo. Lembram da mandioca, da mulher sapiens?

Vejam quando proclama aos quatro ventos que o “impeachment é pena de morte política”. Significa que se a lei proíbe a pena de morte o impeachment deveria ser proibido? Não, é muito profundo para ela. Quer dizer então que o impeachment faz o mesmo que a morte, manda o presidente para a cova, à companhia dos (outros) vermes?

O impeachment só tira o presidente da circulação política por alguns anos. Veja-se Fernando Collor, que foi impichado-cassado e sepultado, desceu aos infernos, ressuscitou dos mortos e subiu aos céus; hoje está sentado ao lado direito de Renan Calheiros. Belo, pimpão, lambão e colecionando carrão. Collor morreu? Mais vivo que nunca.

O xaveco da pena de morte é daqueles bordões que os políticos inventam. Adoram o som, repetem-nos à exaustão, os tolos compram, vendem e votam. Vazios e insossos como “biscoito de vento”, são tantos que encheriam antologias. Exemplos: “O tempo é o senhor da razão”, “Se caráter custa caro, pago o preço”.  Dilma, sim que é´de morte.

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