Da coluna de Carlos Brickmann
O PT inteiro, aliás, corre risco de vida. Entra enfraquecido nas eleições municipais, com apenas um candidato viável numa capital (João Paulo, Recife), mesmo assim num duelo difícil. E talvez nem entre: o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Gilmar Mendes, abriu processo de fechamento do partido, com base nas descobertas da Lava Jato de uso de recursos públicos nas campanhas. Comprovado o uso de dinheiro irregular, o PT fica proibido de disputar eleições.
Detalhe curioso: Gilmar Mendes tinha mandado abrir o processo há onze meses. E não é que toda a papelada sumiu do TSE, obrigando-o a remontar tudo, agora que preside o tribunal? O presidente do TSE na época, ministro Dias Toffoli, no meio de toda essa confusão política, com toda a certeza nem tinha percebido o sumiço.
Sai e entra
O problema de Gilmar Mendes é que fechar o PT pode ser fácil; mas que fazer dos milhões de petistas, de Lula, dos Guerreiros do Povo Brasileiro que, tão logo deixem suas acomodações em Curitiba, vão voltar a fazer política? Fechado o PT, surgirá um novo partido para abrigá-los; ou assumirão o comando de alguma legenda existente. Sumir é que não vão.