Rogério Distéfano
Já ganhou
Gisele Bündchen vem ao Brasil e se apresenta na abertura da Olimpíada. Está aí um brasileiro que seguramente ganhará nos Jogos. Seu cachê custa mais que as medalhas de ouro.
Conselho de Francisco
O papa Francisco foi a Cracóvia, terra de João Paulo II, para pedir que os jovens “não vegetem no sofá”, derreados no Facebook, Instagram e traquitanas da internet. Só não informou o que acontece, o desgaste da coluna cervical. Consegui isso quando iniciei a vegetar depois dos 50.
Disputa no esgoto
Os atletas de vela disputarão a Olimpíada literalmente na merda, com a baía de Guanabara tomada por despejos de esgoto, bactérias e até cadáveres. O folego será turbinado pelo cheiro de podre e pelo ar poluído, acima do limite aceitável. Um sucesso de organização, como tuitou a ainda presidente Dilma.
Perspectiva de lá e cá
“Perspectiva é que todos os profissionais do Mais Médicos sejam brasileiros”, declaração do ministro Ricardo Barros, da Saúde, que não mede esforços para tanto. Fácil, basta a tal vontade política.
Agora, a perspectiva de que todos os ministros sejam honestos, essa é irrealizável. Pode ter um ou mais, como Ricardo Barros. Todos, como os profissionais do Mais Médicos, nunca.
Arca de não é
A política está naquela de “com quantos pais se faz uma canoa”. Vejam-se os candidatos, tudo filho de papai.
Tirado com graveto
Micarla de Souza, ex-prefeita de Natal, foi condenada a 16 anos de prisão. Desviou recursos da saúde quando prefeita. A pena devia ser maior pela agravante do nome. Onde já se viu alguém se chamar Micarla.
Precisamos de lei que proíba nomes ridículos, compostos, inventados, ou “tirados do c* com graveto”, como dizemos em S. João do Triunfo. Jean Wyllys, marca de jipe; Randolfe, do ator de faroeste; Miquirunei, Alaindelon, Neovlar, marca de anticoncepcional e por aí vai.
Portugal tem lista oficial de nomes no cartório, a maioria de santos ou de cristãos novos. A França dá preferência aos santos e aos personagens históricos – às vezes a mesma coisa, como São Luís ou Santa Joana D’Arc.
Best seller
Eduardo Cunha, ex-presidente renunciante da câmara federal, prepara dossiê sobre a ajuda que deu a colegas em eleições. A ‘ajuda’ que conhecemos, vinda de empreiteiros e petroleiros. Quer se blindar no julgamento de sua cassação. Como as favas estão contadas, devia tirar proveito e publicar. Venderia mais que Harry Potter. O dinheiro viria limpo, de fonte legítima, sem trânsito por off shores e trusts.