Rogério Distéfano
SE REQUIÃO FILHO for para o segundo turno da eleição, Beto Richa vai com ele. Não é cálculo político, é carma: Requião Pai foi eleito uma única vez prefeito com apoio decisivo de Richa Pai. Requião Pai vive para negar a dívida, mesmo fazendo Richa Filho passar aperto quando prefeito. Com Richa Pai, Requião Pai fez da maldade uma arte. A começar pela denúncia da aposentadoria de governador de Richa Pai – que hoje Requião Pai goza com espasmos de volúpia depois de tê-la condenado ao outro governador. O requinte da perversidade: Richa Pai não era o único ex-governador a receber aposentadoria.
Dizem os gringos na frase perfeita, no good deed goes unpunished, nenhuma boa ação resta impune; o ingrato tem urgência emocional de renegar a dívida renegando o benfeitor. De outro lado existe o carma, o troco do benfeitor injustiçado. Richa Filho no governo faria Requião Filho na prefeitura comer o pão que Requião Pai amassou. Igual requinte de perversidade, o pão seria servido em prato frio, como a vingança siciliana. Você, eu e a torcida do Paraná Clube faríamos isso. Não eles, que enxergam longe. Se você gosta de ser enganado ou se enganar, pare a leitura por aqui.
Fiquemos espertos. São políticos, por fora gente como a gente, por dentro mais frios que tiras e gerentes de banco. Querem ver? Quem é o líder de Richa Filho na assembleia legislativa? Luiz Cláudio Romanelli, que na campanha de governador de Requião Pai maquinou a denúncia da aposentadoria de Richa Pai. Richa Filho aplicou o 4º. Mandamento em Romanelli, honrou o pai? Qual o quê! Usou o Modo Ezequias: perdoar o pecador e punir o pecado. Richa Filho e Romanelli estão ut lepra cuti, como hanseníase na pele, tradução politicamente correta do latinório. Até segunda ordem, Romanelli faz de conta de estar de mal com a estirpe Requião.