Do blog Paçoca com Cebola, de Claudio Osti
Genor Cima. Esse é o nome do empreiteiro cascavelense, hoje residente em Curitiba, que aparece nas gravações que chegaram às mãos do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado).
O desdobramento sobre as investigações do contrato do lixo, agora enuncia um possível cartel que dita as cartas nessa operação de contratos milionários em Cascavel. (OUÇA AQUI O AUDIO DA CBN)
O empresário Genor Cima foi dono da extinta Engelétrica, do mesmo grupo da OT Ambiental, empresa que já responde há uma década pelo serviço em Cascavel, e que tudo indica seria a favorecida no esquema. Vale destacar que a proposta de licitação para os próximos 60 meses no município é de aproximadamente R$ 200 milhões.
Uma gravação, que já está em poder do Gaeco, revela os demandes que ocorrem no município. No áudio, o radialista Valdomiro Cantini, que responde pela empresa Petrocon, fala com Márcio Pontes, da empresa Transportec. Ambos têm interesse em montar um consórcio para concorrer ao certame.
No entanto, ao longo da conversa fica claro que o negócio não será possível, uma vez que fica implícita a intervenção da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais. No áudio, é possível interpretar que em Cascavel os donos da licitação já estariam definidos, mesmo antes do processo. Márcio chega a dizer que “a casa já está ocupada” se rerindo claramente a OT Ambiental.
O Observatório Social já se manifestou e reforçou que a gravação só reforça a atuação do cartel em Cascavel. Antes mesmo de a ligação vir a público, a entidade já tinha iniciado um processo licitatório questionando o certame, que, segundo o órgão, aponta inúmeras irregularidades.