Do analista dos Planaltos
Se algo deixa Requião possesso é a possibilidade de perder a hegemonia no PMDB que ele tanto chama de seu. Senador por 24 anos, governador três vezes, deputado estadual e prefeito de Curitiba, Roberto Requião de Mello e Silva não admite disputar espaços, pois sofreu muito com a Convenção Municipal de 1985, quando venceu por pouco a disputa contra Amadeu Geara como candidato a prefeito. E agora, admitiria a presença no partido justamente do homem que ele derrotou na sua reeleição ao governo, em 2006, por pouco mais de 10 mil votos? Lembram-se: o todo poderoso Requião teve 50,1% dos votos e seu oponente quase o derrotou com 49,9%. Pois é isso que pode acontecer e foi sinalizado na reunião de ontem a noite entre Michel Temer e Osmar Dias para que este ingressasse no PMDB para dirigir a Itaipu e depois disputar o Palácio Iguaçu pela terceira vez. Parece que Requião não ficou nenhum pouco contente com a solução.