Michel, Marcela e Michelzinho no primeiro dia de aula do garoto que não usa palavras nem gestos obscenos
Ladrões de m*
Funcionários do comitê olímpico brasileiro foram às compras ontem: assentos de privada para repor os furtados nos apartamentos das delegações estrangeiras. A coisa tá preta por aqui, não se respeita sequer penico.
Palpite infeliz
Em declaração à Folha de S. Paulo, Rafael Greca, candidato a prefeito, lamenta que Curitiba seja “a masmorra do Brasil”. Nunca chegamos a lugar nenhum com as frases de efeito produzidas por Greca. Os gracejos dele não têm, se é que alguma vez tiveram, qualquer efeito, a não ser o sorrisinho do autor diante do espelho.
A propósito: a plataforma de Greca ao falar de masmorra é tirar a Lava Jato de Curitiba ou libertar os presos? Claro que não é. Ele primeiro fala e depois, se der tempo, tenta conciliar com alguma ideia.
Aqui não, petezão
O ex-senador Eduardo Suplicy (PT/SP) teve seu momento Gleisi Hoffmann. Jogou-se no chão e se fez de vítima para impedir reintegração de posse requerida pela prefeitura da qual foi secretário até dez dias atrás. Chegou a sacar um carteiraço: “Se são violentos com um senador, imagine com o povo”. Os senadores começam a sentir o que é ser povo.
Visões de mundo
Atletas estrangeiras reclamam da sujeira nos apartamentos recém entregues na Vila Olímpica. Atletas brasileiras chegam dizendo: “se está sujo, a gente limpa”. Depois dos jogos podem se mandar para o estrangeiro. Para trabalhar como diaristas.
Yes, nós temos urucubaca
NÃO, NÃO TEMOS. Somos a urucubaca. Admiti-lo não é complexo de vira-lata, como atestou nosso gênio da raça, o Messias de Garanhuns, que ganhou pedigri e nos legou Dilma, a maior das urucubacas. Aqui e agora não tem ‘masturbação sociológica’, como se dizia no tempo de FHC, que não conseguiu exorcizar a urucubaca. Apenas o exame mal temperado da realidade.
A Olimpíada. Não tínhamos dinheiro para ela, não precisávamos dela, que só serviria para dar vexame e expor nossa mazela cívica. As obras podiam ser outras, para outros fins, mesmo no Rio de Janeiro, que só serve de vitrine para o que há de pior no Brasil, o convívio da riqueza ostentatória com a pobreza idem e a criminalidade ibidem.
Tivemos a Copa, dinheiro jogado fora para dentro para o ralo da corrupção, vexame esportivo e econômico. A Olimpíada só não rendeu o ufanismo vira-lata, o contraponto sem pedigri do Messias que fez a Copa em busca de pedigri. A Copa não serviu de ensinamento para a Olimpíada. Nem para nós, que elegemos e reelegemos os alfas vira-latas.
Estão aí as obras inacabadas e desabadas, os apartamentos entregues incompletos e imundos – o governo não fez licitação para diaristas: o retorno da roubalheira seria insignificante. Nem falemos da zika, ela sempre esteve aqui, até em forma de gente, com mandato, diploma e imunidades. Só os brasileiros não temos imunidades. Contra todas as zikas.
O complexo de vira-latas, atestado e superado em benefício próprio e familiar pelo Messias de Garanhuns, não sublimou em comportamento de rotevailer. Ao contrário, vamos do terrorismo chanchada pelo terrorista com bombas de gengibre ao canguru da Vila Olímpica que o prefeito com brios de vira-lata ofendido quis enfiar no prédio da delegação australiana.
Ainda ontem a urucubaca dos aviões da FAB se chocando no ar, em ‘exercícios’ contra o terror. Pode ser que desembarquem fuzileiros do Exército Islâmico de porta-aviões maometano na Baía de Guanabara. Se não morrerem forem dizimados pelos coliformes fecais e o lixo acumulado, acabarão depenados por pivetes de calção nos arrastões de praia.
E se nada bastasse, para juntar a urucubaca ao ridículo, recebemos o comentário autogratulatório, alienado, sem sentido como sempre, da ainda presidente – até quando, Senhora Aparecida? Dona Dilma enalteceu as obras, deu-se o crédito do ‘sucesso’ e garantiu bons resultados na ‘Olimpíadas’ (sic). Em 2018 vem o juízo final, o Messias volta. Merecemos.
ROGÉRIO DISTÉFANO