Gostaria que hoje fosse como tiros intermitentes. Patrícia Melo com doses maiores do mestre Rubem Fonseca. Pronto, perdi o ritmo. Tinha que ser em frases curtas que, emendadas, dariam a música. Violenta, porque isso é o que respiramos, vemos, ouvimos. Elza Soares no programa do Ary Barroso. De que planeta você veio, perguntou o apresentador, locutor, compositor, cantor, etc. Ela: do planeta fome. Foi há quanto tempo? Que mistura eu fiz! Onde ando com a cabeça? Ah, sim, a escritora Patricia Melo que fez um primeiro romance, Acqua Toffana, de tirar o fôlego, com tiros, tiros, tiros, e depois sumiu. Nem sei porque me veio essa lembrança. Sim, queria escrever igual, mas não tem quem escreva igual ao outro, só aquele jornalista que, de tão apaixonado pelo Chandler, terminou o último romance policial do gênio sem tirar nem por. O santo baixou e ele fez. Está frio. Melhor dormir. As balas vão me incomodar no pesadelo. Eu sei. Palavras… Palavras…