O que procuro, afinal, sou Eu.
Que espécie de hiato há entre mim e esse que busco, se não estou junto?
Será que é o Abismo o meu Absoluto?
Caem todas as máscaras de todos em que me reconheço.
Os que foram caminho para eu estar hoje descontínuo,
E os que me planejei, devido ao social.
Na existência não havia uma porta para que eu entrasse com o meu oposto.
Ou seria o meu igual, reflexo do que nunca fui?
Onde estou não há ninguém.
O Eu me procura também.
O desencontro acontece porque para um aparecer o outro deve sonhar.
Sim. O Abismo é a Realidade.
Lá me encontro sumido e desejante.