NAPOLEÃO BONAPARTE
Para governar é preciso aproveitar-se dos vícios dos homens, não de suas virtudes
Companheiras, uni-vas
Cadê Dilma nessa hora? E as “companheira da grela dura”? Michel Temer tropeçou de novo no cordão do sapato: nomeou uma fundamentalista evangélica para o ministério das Mulheres. A ministra recusa aborto até na gravidez provocada por estupro. Michel está de tal modo comprometido que ainda veta a lei que aumenta a pena do estupro coletivo.
Pode? Pode
A irresponsabilidade do populismo, da demagogia. O prefeito Fernando Haddad, de São Paulo, liberou o serviço Über e provocou revolta entre os taxistas. Agora promete relaxar a vistoria dos táxis, ignorando imperativo de segurança e qualidade do serviço. Para ser reeleito, o povo que se exploda.
Um pato, dois patos
Ideia para Michel Temer: Alexandre Pato ministro de qualquer coisa. O cara não joga faz tempo, por seis meses assistiu do banco de reservas as partidas do Chelsea, errou aquele pênalti que até perneta acertava e agora tem e não tem clube. Não fará nem bem nem mal para o vice interino. Afinal, o que é mais uma flechada em São Sebastião?
O Bradesco e a rosa
A PF indicia o presidente do Bradesco na Operação Zelotes. O que esse pessoal da PF pensa que é? Aqui temos lei. E a lei é esta: o Bradesco é o Bradesco é o Bradesco é o Bradesco. Que nem a rosa da Gertrude Stein, uma coisa que se define por si mesma.
Na boca do pântano
Um crocodilo foi visto comendo um homem, na Flórida. Presume-se que o homem estivesse morto. Caso contrário, o crocodilo acabaria mal falado, na boca do pântano.
Na nuca não
O governo (?) Temer lança pacote de proteção às mulheres. Porta arrombada, taramela nela: pretende responder ao estupro coletivo da menina carioca. Tardio, demagógico e oportunista, o conjunto de medidas carrega mais vento que conteúdo, criticam lideranças feministas.
Deste baluarte feminista aponta-se mais falha no pacote: não proíbe que a mulher tatue o nome do marido na nuca; pode ser em qualquer lugar, até no nariz; na nuca, jamais, abre espaço para mau julgamento. Caso da distinta senhora que tem tatuado na nuca o nome do marido, Michel.
Tração dupla
O apresentador Ronnie Von confessa na televisão que transou com duas mulheres ao mesmo tempo. Ronnie, caso único de mutação, o homem com dois bingolins, que funciona com duas mulheres de uma vez.
Sentaram no banco errado
Que André Esteves coisa nenhuma. O banqueiro dos políticos se chama Expedido Machado Neto e opera na City, em Londres.
O infiel da balança
ACABOU o lance da ‘presidenta’. A EBC empresa brasileira de comunicação, vinculada à União, baixou portaria determinando que voltamos ao substantivo comum ‘presidente’. “Independente do gênero”, ou seja, do sexo, daquele que ocupa o cargo, mesmo na interinidade. Até quando, depende dos humores do Senado e principalmente do humor de Renan Calheiros, o infiel da balança. Sim, aquele infiel balança, está gravado na Lava Jato.
CRITIQUEI Dilma pela flexão de gênero, ela inflexível em todo o resto. Mas ao viver a frustração pelo que o Brasil passa durante o sabático imposto a Dilma e contemplar a flexões de ioga de Michel Temer, faço o mea culpa: antes uma presidenta dura que um presidente mole. Bobagem mexer com o gênero nesta altura da frouxidão. “Se Deus é menino e menina, somos masculino e feminino”. E até prova – robusta, exigem os advogados – em contrário, Deus é menina.
(ROGÉRIO DISTÉFANO)