Se acredito na vida após a morte? Não sei nem se acredito na vida antes da morte! Acho que acredito na morte durante a vida (GROUCHO MARX)
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Quarentena da boquinha
Sessenta e seis auxiliares de Dilma – entre eles todos os ministros – obtiveram o benefício da quarentena e passam a receber por seis meses os salários, depois de exonerados, afastados das funções públicas. A quarentena, de origem estrangeira, como tudo que o Brasil transplanta, funciona deturpada.
No caso dos auxiliares de Dilma a quarentena não visa proteger o interesse público impedindo que usem na iniciativa privada informações privilegiadas do governo. Saíram do governo do jeito que saíram; basta, oferecem riscos com ou sem quarentena.
A quarentena do pessoal de Dilma representa o ministério paralelo para bombardear o ministério oficial, comandado por Michel Temer por exigência constitucional do afastamento da presidente. Quarentena viciosa e viciada: não cura a doença e mantém a peste da boquinha.
A quem interessa?
O grampo encontrado no gabinete do ministro Roberto Barroso, do STF, não era para ele, mas para o colega aposentado de quem herdou o gabinete, Joaquim Barbosa, relator do processo do Mensalão.
A quem interessava gravar o que acontecia no gabinete de Barbosa? O jornalista Cláudio Tognolli informa em seu blog, com o nome da fonte, que o grampo foi instalado pela Abin, agência de inteligência vinculada à presidência da República.
O processo do mensalão foi julgado no governo Dilma. Logo…
Golpe da calcinha
A ex-namorada do presidente da Bolívia, presa por tráfico de influência, informa que Evo Morales engravidou-a duas vezes; de uma nasceu o filho, que esconde do pai.
Que nome tem isso neste quadrante bananeiro? Golpe; qualquer coisa que mexa com presidente esquerdista latino-americano é golpe. Evo caiu no golpe da calcinha.
A vida sexual continua
O PMDB roubou do PT, via ‘golpe’, a presidência da república. Mas isso é encrenca federal. Para as eleições municipais deste ano o diretório nacional do PT autorizou alianças com o PMDB. Filosofia da razão prática de José Genoíno, petista da Lava Jato e do Mensalão: “Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa”.
Lembra o marido que odiava a mulher, abusiva e agressiva, de quem sempre se queixava. Nunca se divorciaram. Pintou gravidez depois de uma sessão de tapas dela sem beijos nele. Aos amigos surpresos, explicavam: “É, a vida sexual continua”. PT e PMDB se golpeiam, chegam aos tapas. Mas a vida sexual continua.
Tudo a temer
A cada dia que passa na presidência interina Michel Temer prova que tem tudo a temer: Eduardo Cunha, o chororô mortadela, a bancada fisiológica, até a si mesmo, pois um dia decide uma coisa e noutro muda completamente. Dilma quebrava, mas não vergava. Para não quebrar, Temer verga-se o mais que consegue. Ela caiu por ser dura. A moleza dele garante a permanência?
Só dá ficha suja
Surpreendente o número de ministros de Michel Temer encrencados na Justiça – 6 dos 23, e só ministro de área importante. Não têm processinhos bobos tipo pensão alimentícia, despejo, briga de vizinhos. Tudo coisa grossa, de dar vergonha em gente séria.
São os crimes capitais do homem público: direcionamento de concorrências, superfaturamento de obras, desvio de dinheiro da merenda das crianças e a manjada publicidade – que só no Brasil é considerada essencial para difundir “programas de governo”.
Não entendo por que a presidente paralela ainda não jogou essa farofa no ventilador – aliás, entendo, essa gente cevou-se nos governos Lula/Dilma e esteve na base aliada. Mas no governo Dilma não tinha tanto ficha suja no ministério. Então Michel Temer governa com o ministro Padilha e o resto da quadrilha.
Poço sem fundo
O ministro Geddel Vieira Lima informa que rombo fiscal passou dos R$ 160 bi para R$ 200 bi. Com esse poço sem fundo, melhor terceirizar o Brasil.
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(ROGÉRIO DISTÉFANO)