O político brasileiro é muito religioso: em cada obra ganha um terço. (AUTOR DESCONHECIDO)
Marmitaço
Panelaço durante a entrevista de Michel Temer à televisão, domingo. O Brasil avançou: antes de Lula-Dilma, o protesto seria aos marmitaços.
Efeito Orloff
Michel Temer é Dilma ontem: precisa alimentar a tropa fisiológica do PMDB.
El o quê?
O governo de El Salvador não reconhece o governo Temer. É petista desde El Pôncio Pilatos.
Cala-te, boca
O ministro Alexandre Moraes, da Justiça, defendeu em entrevista que o presidente não precisa escolher o mais votado na lista tríplice para procurador geral da República. Tem sido tradição, reconhece, mas não é obrigação.
Deu cutucão em Rodrigo Janot, duas vezes mais votado na lista e garantidor da Lava Jato. Michel Temer na hora afirmou que apoia a escolha tradicional. Moraes caiu na armadilha do protagonismo. Muito ajuda quem não atrapalha.
O governo já tem mulher
Acabou o “problema de mulher” no governo Temer. Maria Silvia Bastos Marques, executiva de reconhecida experiência, assume o BNDES. Bem penteada, bem vestida, maquiada nos trinques. Foge do padrão “companheira do grelo duro”, como o messias de Garanhuns identifica as mulheres do PT.
Percebes e ameijoas
Os senadores Roberto Requião e Gleisi Hoffmann estão em Portugal para denunciar o ‘golpe’ contra Dilma. Se quisessem lutar, ficassem no Brasil, senador trabalha no país, revolucionário exilado é quem briga no Exterior, quando reprimido em sua terra. Não conhecem a história entre Portugal e Brasil, que nunca se meteram um na ditadura do outro.
São turistas patéticos, fantasiados de políticos, só aproveitam os percebes, ameijoas, grelos e bacalhau da cozinha lusitana. A chegança de Gleisi e Requião supera a mais utilitária das conveniências políticas – inimigo hoje, aliado amanhã – pois Requião xingou de corrupto o ex-ministro Paulo Bernardo, marido de Gleisi e pai de seus filhos.
Se os eleitores aprovam a união entre políticos com tal contencioso, todos se merecem. Pagam a salvação dos dois, sem benefício ao Estado. Entende-se: Gleisi e Requião dependem um do outro para as respectivas reeleições. Portanto, não importa o ódio dele ao marido dela e a sujeição dela à ofensa ao marido. Melhor odiar junto que perder separado.
Nome feio
Abriu aí uma feira, Feiarte. O que mostra e vende? Coisa bonita não deve ser.
Fogo amigo
Delcídio Amaral, ex-senador e hoje delator da Lava Jato, declara que “não põe a mão no fogo por Michel Temer”. Melhor ficar de fogo por Michel Temer.
(ROGÉRIO DISTÉFANO)