ELLIOT MORO NA TERRA DE AL CAPONE
O juiz Sérgio Moro está nos EUA. Palestra para estudantes brasileiros em Chicago, terra onde Al Capone imperou e foi preso por Elliot Ness, do FBI, que pegou o mafioso exato como nosso Moro pega os corruptos: pelo caixa dois. Sempre a entoar a sentença de uma nota só, sua excelência saca rápido, da linha da cintura, estilo Tom Mix. Há menos de uma semana nosso Moro apareceu em reportagem do The New York Times, Dilma e Cunha escrachados, ele, coroado de louros.
O presidente Obama anda encalacrado com o senado, controlado pela oposição, que bloqueia nomeação do juiz que escolheu para a suprema corte, o STF gringo. Podia tentar o Moro, quase uma unanimidade internacional. Tem o problema da nacionalidade, que se resolve fácil. Isso se Moro já não tiver dupla cidadania. A coisa está meio relaxada por lá, tanto que o senador Ted Cruz, nascido no Canadá disputa a presidência.
Dupla cidadania, fique estabelecido aqui e agora, não é defeito, mas autodefesa do brasileiro contra o imposto de renda, a insegurança, o desemprego e, por que não dizer, o próprio juiz Sérgio Moro. Cinco entre dez brasileiros remediados e ricos saem do Brasil com passaporte brasileiro e baixam em Miami com passaporte norte-americano; vice-versa na volta. Dona Marisa Letícia e sua prole lulogênita todos têm cidadania italiana.
Aqui no Ahu de Baixo até o evangélico da avenida Anita Garibaldi, o cara que conserta máquinas de costura e põe na calçada os cartazes com lições de moral, acha que Moro brinca com fogo, ao ser mais protagonista e palrador que o ministro Marco Aurélio. Que por sinal mete a ronca em Moro a cada prisão preventiva da Lava Jato. Não demora e o cara das máquinas puxa do evangelho de São Mateus e escreve lembrete para Moro:
“…quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita, para que a tua esmola seja dada em segredo, e teu Pai, que vê em segredo, ele mesmo te recompensará publicamente”.