13:51A defesa e o ataque do desembargador

O texto abaixo foi publicado na internet pelo desembargador José Maurício Pinto de Almeida. Vale para o debate democrático. Confiram:

Admiro a imprensa livre.

Sou do tempo em que a Gazeta do Povo era chapa branca.

Ela evoluiu muito, principalmente no jornalismo investigativo e na independência com que trata os assuntos do momento.

Mas, especialmente na edição de 16.02.2016, a matéria jornalística sobre os “salários” dos juízes usou termos equivocados que confundiram o leitor, denominando “salário médio” o que, na realidade, pode ter sido o acúmulo de algumas verbas indenizatórias, abono de férias e décimo terceiro.

O magistrado, que já ganhou muito pouco, principalmente quando era o Governador quem ditava as regras de seus vencimentos, hoje está vinculado, em termos de subsídios, ao Supremo Tribunal Federal.

Receber verbas atrasadas não é ilegal e não compõem o “salário”, como leigos sabem que décimo terceiro é salário extra pago no mês de dezembro.

O “auxílio moradia”, que merece debate crítico, e que veio para melhorar os vencimentos dos juízes, deveria ser transformado terminologicamente no que realmente é (salário). Foi um subterfúgio infeliz.

A população tem muita razão, por exemplo, quando critica o fato de todos os desembargadores terem ao seu dispor carros oficiais e motoristas. Não combina com o Brasil.

Mas querer expor o juiz a ponto de, em primeira página, mentir que a média “salarial” de alguns magistrados ultrapassou a quantia de R$ 100.000,00, sem explicitar os casos pontuais e destacar que dezembro é mês atípico, significa uma intenção de desmoralizar uma classe que tem trabalhado em prol da sociedade, inclusivamente no combate à corrupção.

O Judiciário não está isento de críticas, jamais! Se houver qualquer ireegularidade, como o uso indevido de carro oficial, mordomias, excesso de diárias, nepotismo cruzado, que se denunciem os fatos. A crítica construtiva deve ser educativa, deve mudar hábitos.

Mas tentar expor todos os magistrados à antipatia popular, com dados imprecisos, é conduta inaceitável.

9 ideias sobre “A defesa e o ataque do desembargador

  1. Sergio Silvestre

    Primeiro,nem sei pra que serve desembargador,acho que só tem esse tipo de coisa aqui e em Portugal.
    Segundo,lutar contra a corrupção,eu não sei quantos anos tem o distinto,mas deve já ser sessentão,então demorou pra começar hein.
    Terceiro,no tempo do Requião ,quando ele não quis subir e dar benesses aseus proventos vocês queriam cassa-lo,ou estou enganado.
    Esse monte de dinheiro que hoje políticos deixam vocês deitar e rolar não é por medo?
    E É POR ISSO QUE O rEQUIÃO TEM TANTOS PROCESSOS E NÃO GANHA NENHUM,HEIN???????

  2. cético

    Vou me mudar para o Paraguai. Estou achando que o país vizinho tem melhores condições de prosperar que o Brasil.

  3. Josnei Pereira

    HIPÓCRITA, Gumercindo?? Por acaso conhece a índole do desembargador que, destemido, públicou isso? Quem não deve não teme. Procure pesquisar outras atitudes do autor do texto. Uma dica: carros oficiais para os desembargadores. Boa noite.

  4. Jorge Armado

    “Que se denunciem os fatos”? E ele, como defensor da moral e dos bons costumes, não conhece nenhum fato escabroso?

  5. Jose

    Cara de pau. Deve usar óleo de peroba na cara quando barbeia-se. Auxílio moradia para juízes que possuem imóveis para morar é um escárnio. Espero que exista justiça divina, para que esta escumalha de jaguaras queimem no inferno. Amém.

  6. Josnei Pereira

    Vê-se a ignorância nos comentários. Um levanta o questionamento sobre denúncias. Li errado, ou é de um Desembargador que se trata? Ou será um membro do Ministério Público, a quem realmente compete denunciar?

  7. Fabiano

    Jornal chapa branca e salários do judiciário nas mãos do governadores são algumas armas de manutenção para condutas despóticas.
    A generalização da matéria é o espelho da incapacidade ou da preguiça do jornalista em aprofundar-se no tema.
    De mesma sorte são acometidos os comentários que sequer dignam-se a ler o texto e promovem um absurdo de manifestações, desvinculados do objeto e por vezes contraditórios ao assunto.
    O desembargador José Maurício prega no deserto.

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