Sobre a onda que estão fazendo com a proposta de diminuir de 11 para 7 o número de procuradores do Ministério Público de Contas, seria bom, antes de juntar o lé com cré do recente parecer sobre a desaprovação da contas do governo do Estado, que se examinasse uma coisa simples: tal quantidade é necessária ou não? No Rio Grande do Sul há apenas um procurador-geral e três adjuntos. A questão é política? Os protagonistas sabem que também é, mas isso são outros quinhentos. Quantas vezes o MPjTC pediu a reprovação das contas do governo e elas flanaram nos últimos anos? Mais uma: os procuradores fazem seu papel, os conselheiros os dele e, no final, quem aprova ou desaprova, a palavra final, é dos parlamentares da Assembleia Legislativa ou, no caso das prefeituras, dos vereadores. Em brasileiro tudo isso quer dizer que a cena parece a de um trem onde todo mundo quer aparecer na janela dando tchauzinho para a ninguenzada que paga a conta posando de mocinho.