Os maganos das empresas de ônibus colocam a faca no pescoço da prefeitura de Curitiba com as mãos do ninguenzada que nem sabe o que está acontecendo e só está preocupada se vai poder ir e vir ao trabalho para sobreviver como pode. O faturamento diário do que chamam de sistema é, em média, de R$ 2 milhões. Até o chafariz do Largo da Ordem sabe que grupos dominam o setor e estão pintando e bordando e se entupindo de dinheiro há muito tempo. Alegar que não têm dinheiro para pagar os próprios funcionários como massa de manobra para forçar o aumento do preço da passagem do jeito que lhes interessa é um escárnio que as chamadas autoridades competentes fazem de conta que não entendem. É como se um ônibus estivesse passando no ponto, entupido de gente e pegando fogo e, bem na hora, o doutor que é pago com dinheiro público que sai do bolso daquele que está sendo queimado lá dentro, olhasse para o outro lado e ficasse admirado com o outdoor onde aparece uma mulher bonita mostrando que prêmio o shopping da moda vai sortear no Natal. Um histórico do que estas empresas já aprontaram ao longo do tempo, enquanto faturavam toda vez que a catraca de seus veículos era acionada pelo brasileiro que está ainda com sono ou cansado de um dia de batente, mostra qual o caráter empresarial que têm. O jogo é bruto e, como sempre, quem paga a conta é o de sempre.
Falta coragem ao prefeito Gustavo Fruet para encampar as empresas. A legislação permite, mas ele insiste na conversa mole. Se as empresas fazem chantagem, Fruet tem que fazer o mesmo, tem que ameaçar. Caso contrário, a prefeitura de Curitiba não escapará da tutela dos empresários do transporte coletivo.
Impressionante como o prefeito Fruet é incapaz de tomar uma iniciativa a favor dos eleitores-contribuintes. É mais fácil plantar radares pela cidade ….