O Ministério Público de Contas descobriu agora, depois de séculos, que a luz da geladeira ilumina quando a porta abre no meio da madrugada. Os integrantes do Ministério Público, aquele que vale, sabem disso há muito tempo – e dá-lhe entrevista quando iluminados. Juntando lé com cré isso quer dizer que, se um é devagar, o outro é quase parando. O caso da suspeição do conselheiro Durval Amaral, pedida agora, perto do fim do trabalho de análise das contas do governo Beto Richa de 2014, onde é relator, chega a ser patético. Não pelo motivo, pois Amaral foi secretário do mesmo governo e recebeu apoio total do Palácio Iguaçu para conseguir a vaga no Tribunal de Contas, mas pelo oportunismo retardado. Amaral foi escolhido há meses, ao que se sabe, ninguém do MP de Contas abriu o bico para reclamar, tentar impedir ou ao menos alertar para o fato que, alvíssaras, parece ter descoberto agora. Expressionante!