por Wagner Rocha D’Angelis (*)
Preso há dezoito meses, o economista e opositor político Leopoldo López foi condenado, na quinta-feira passada (dia 10 de setembro), à pena máxima de 13 anos e 9 meses de prisão sob a acusação de por promover a violência nos protestos contra o governo do presidente Nicolás Maduro, em fevereiro de 2014. Ele e mais três estudantes foram réus em um processo visivelmente manipulado pelo caudilhesco governo venezuelano, diante do fato dos dissidentes terem buscado a renúncia de Maduro por meio de manifestações populares.
A condenação gerou protestos internos e externos. Autoridades governamentais e organizações internacionais diversas passaram a enfatizar as irregularidades processuais, como a falta de provas da Procuradoria, a rejeição de testemunhas por parte da defesa e a incitação pública do governo contra López, fazendo do caso uma farsa ante as gravíssimas violações do devido processo legal.
Em um país que conta com um Poder Judiciário sem independência, a juíza de primeira instância Susana Barreiros assinou uma sentença injusta, condenando quatro pessoas por razões políticas, depois de um processo no qual o Ministério Público não apresentou evidências que os vinculem a crime algum e não se permitiu aos acusados exercer sua defesa adequadamente.
A União Europeia já havia considerado a prisão dos oposicionistas como um ato autoritário, e agora também lamenta que as forças de segurança tenham impedido que diplomatas e outros observadores independentes acompanhassem as fases finais do julgamento, apesar da autorização da Justiça neste sentido.
E qual foi a reação do governo brasileiro diante de mais uma ato antidemocrático de Nicolás Maduro? A postura da diplomacia brasileira, assim replicada no âmbito do Mercosul e da Unasul, é de omissão absoluta, sob o vetusto argumento de “não interferência em assuntos internos de outro país”.
Ora, tal posicionamento era o usual no tempo dos regimes militares no continente americano, mas hoje a ordem jurídica internacional praticamente exige dos governos democráticos uma pronta manifestação em defesa dos direitos humanos, considerados como tema global. Afirmar que o silêncio da cumplicidade vincula-se a uma premissa não-intervencionista é retroceder à política diplomática mundial anterior ao surgimento da ONU, quando os direitos humanos eram considerados um assunto doméstico de cada Estado – visão restritiva de há muito superada!
Além disso, a omissão torna-se deplorável e indevida, quando se sabe que, pelo Protocolo de Ushuaia assinado em 1998, os países-membros do Mercosul têm um compromisso permanente com a democracia.
Só resta, mais uma vez, lamentar a postura retrógrada e ideologizada do Itamaraty em detrimento da justiça e das liberdades públicas.
(*) Advogado, historiador e professor universitário. Presidente da Associação de Juristas pela Integração da América Latina (AJIAL).
Brasileiro não limpa sua latrina mas vai por o nariz na Venezuela po,quem cuida da Venezuela são os venezuelanos o Vagner tem que se preocupar é com a conta da SANEPAR.
É hora de falar num estilo de linguagem típica dos Bolivarianistas: O Brasil do PT apóia ditaduras que sejam de “esquerda”e condena democracias não afinadas com o seu projeto marxista.
A mim nenhuma surpresa ou qualquer outra coisa. O governo brasileiro já a tempos não comenta, não critica e nem acusa qualquer ato de outros governos com linha ideológica simpática a nossos governantes.
Tem aí um componente do “embaixador adoc” Marcos Aurélio Garcia que patrulha as ações do Itamarati em especial quando há razões para não concordar com politicas de direitos humanos praticada em países como Bolívia, Equador, Venezuela, Cuba, Coréia do Norte e até dos terroristas do E I e outros lixos que estão no conjunto do nosso planeta.
Quando por exemplo, os Estados Unidos, Israel fazem e como fazem atos abusivos dos direitos humanos, aí sim o governo brasileiro se manifesta.
Então nada de estranho na omissão do governo brasileiro em casos semelhantes
só o requião pode colocar o nariz lá, não é mesmo silvestre? hihihihihihihihi
Não ZB até você pode,ninguém me obriga a não gostar de alguma coisa,eu acho que na medida que dizem que o Brasil não pode fazer ferrovia em Angola,Porto em Cube,que deixem eles lá então fazer aquilo que acham certo,E a reciproca não é verdadeira?Ou vocês acham que nós aqui da terrinha temos o melhor sistema politico e Judiciário do mundo,de uma olhada no espelho e veja a fuça vermelha ,olhem,Não temos argumentos para discutir jeito de dirigir o Pais de ninguém,primeiro consertamos o nosso,depois podem dar palpites a vontade.