de Marcos Prado
sou um abutre, confesso
comedor de carniça confesso
um anjo que quis vir à terra à qualquer preço
e que encarou o diabo já no berço
convivo com o demo
há trinta e um anos
a ele, meus amigos, não temo
mas àqueles que eu e ele acompanhamos
sou um abutre, confesso