Há algum tempo um ex-inspetor do Tribunal de Contas do Paraná requisitava a lista de telefonemas dados e recebidos no importante órgão do governo estadual. Quem tinha de cumprir a ordem acha que aquilo era uma forma de saber quem estava falando com quem para juntar lé com cré e partir para a pressão para obter dividendos. Passadas algumas temporadas, ele e o seu chefe, entre outros, foram grampeados pelo Ministério Público do Paraná, com autorização da Justiça, e o que os promotores do Gaeco registraram implodiu uma tentativa de negócio fora dos padrões da conduta que deveriam ter. É por isso que cada vez mais se reforçam dois ditos populares muito conhecidos no Centro Cívico, mas atropelados às vezes pela soberba e sensação de impunidade: quem abre a boca não toma no… no… quengo; a língua é o chicote da bunda.